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domingo, 20 de janeiro de 2013

Criança morre esquecida no carro: precisamos conversar sobre isso.

Aqui em casa essa conversa acabou acontecendo ainda durante a gravidez. Ao escutar mais uma notícia sobre criança que morreu esquecida no carro, meu marido afirmou sem nenhuma cerimônia (e nenhuma delicadeza, já que eu estava grávida!!) que é tão fixado em rotinas que se achava bastante capaz de esquecer um filho no carro. Confesso que na hora pensei logo em sair correndo de alguém tão auto crítico da própria loucura. Mas ele é engenheiro e eles são assim: não tem noção alguma de que às vezes as pessoas não estão prontas para tanta verdade.




O fato é que, mal da vida moderna (e também da falta de confiança em babás, mas isso é outra história...), os casos de crianças que são esquecidas em carros estão se tornando assustadoramente mais frequentes. Isso se a gente não pensar quantos são os casos em que os pais esquecem mas acabam se lembrando a tempo de salvar seus filhos. Esses não aparecem nos jornais.
É muito fácil julgar, acusar o povo de descuido e negligência. Dizer que a gente nunca passaria por uma situação dessas... Você realmente acha que esses pais de crianças que infelizmente morreram acreditavam (como o meu marido) que algo assim pudesse acontecer com eles?

Pior ainda são os que julgam o amor. Por favor não venham me dizer que todas essas pessoas não amavam seus bebês tanto quanto a gente, não sofreram ou não vão sofrer para o resto da vida as consequências de sua distração. Irmãos ficam traumatizados para sempre. Casamentos acabam. Como perdoar alguém que "esqueceu do filho" e por isso matou (mesmo que de forma não intencional) o maior bem da sua vida?

É sofrido, eu sei, assumir que uma coisa dessas pode acontecer na nossa casa. Mas é MUITO necessário conversar sobre isso.

Como sempre, o Brasil não há estatística oficial sobre o número dessas ocorrências. Mas elas parecem estar aumentando, ao menos nas aparições na imprensa. 
Já os americanos há alguns anos contam essas vítimas: de janeiro a  setembro de 2012 os EUA já haviam registrado 29 casos. Em 2010 foram 49 crianças as vítimas do chamado "Heat Stroke". Contabilizaram 550 (isso mesmo: QUINHENTOS E CINQUENTA!!!) casos desde 1998. Os dados são da ONG Kids and Cars, que trata de todos os tipos de acidentes envolvendo crianças e automóveis.
No Japão, os supermercados e outros lugares públicos de grande circulação trazem placas em que está escrito algo como: "Por acaso vc não está esquecendo seu filho?". Frios? Na minha opinião, é o oposto da postura brasileira de julgar quem passou por isso. É assumir que o risco existe e TENTAR FAZER ALGUMA COISA.



Algumas matérias costumam falar em morte por asfixia. Mas o fato é que, com as altas temperaturas, essas crianças morrem é de desidratação e distúrbio hidroeletrolítico graves. A morte costuma ser precedida de convulsões. É, ninguém quer falar sobre isso. 

Selecionei algumas dicas recolhidas em diversas fontes sobre como evitar esse tipo de acidente. Ah... Claro que você "nuuuunca vai esquecer o amor da sua vida no carro, porque você é uma boa mãe ou pai e todos os 550 americanos e X brasileiros eram péssimos...", mas não custa criar alguns hábitos de prevenção:

  1. Cuidado com alterações de rotina. Muitas dessas mortes ocorrem quando a rotina mudou. Exemplo: sempre quem leva a criança no berçário é a mãe, e de repente um dia essa atribuição ficou com o pai que costuma fazer outro itinerário.
  2. Coloque alguns objetos pessoais no banco de trás. Bolsa para as mulheres, carteira e/ou celular para os homens. Material de trabalho. Qualquer coisa que você sentiria falta em pouco tempo ao cumprir sua rotina regular.
  3. Coloque a mochila ou bolsa da creche, ou objetos da criança, no banco da frente.
  4. Evite o uso de filme nas janelas. Isso facilita que passantes localizem uma criança esquecida. Muitas delas acabam sendo salvas por gente que está passando ao lado do veículo. A menina da foto acima ficou num carro em via pública, mas as janelas tinham filme escuro.
  5. Deixe o som desligado (ou tocando músicas infantis) quando a criança estiver no carro. O som desligado evita a distração e as músicas infantis lembram da presença da criança.
  6. Crie o hábito de confirmar que deixou a criança no berçário. Fazemos isso aqui em casa, um SMS ou ligação todo dia. Se eu atraso, o Buga logo escreve perguntando.
  7. O berçário pode ligar perguntando sobre a ausência da criança. O meu não faz isso, e o dessas crianças que morreram pelo jeito também não. A maioria das vezes ouvirão respostas tipo "está com febre", mas se um dia salvarem a vida de um bebê que estiver trancado num carro terão uma recompensa incalculável. #ficaAdica
  8. NÃO IGNORE A POSSIBILIDADE DE ISSO ACONTECER COM VOCÊ. Por favor!!! Esse é o maior erro por trás da maioria dos acidentes.

Atualizei o post em 19/12/2014 após mais (dois) três casos em uma semana trazerem o tema de novo às manchetes. Uma mulher que fazia transporte irregular em veículo inadequado (e houve troca emergencial do veículo original -van- por um Gol, ou seja, mudança de rotina), um pai em São Bernardo do Campo e uma mãe em Belo Horizonte que só percebeu a filha no carro ao chegar à creche para buscá-la.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quanto come um bebê de 8 meses?

(Para ver a lista completa dos posts sobre alimentação e sugestões de papinhas clique aqui)

Lembram da minha recente consulta com o Dr. Google?
Na ocasião, eu estava assustada com o potão de papinha do berçário e queria saber a quantidade de papinha ideal e/ou esperada para um bebê de 6 meses. Acabei achando, como sempre, palpites aleatórios dos mais diversos, medidas de quantidade estranhas e fiquei mais na dúvida ainda.

Esse post tem por objetivo atualizar o valor conforme o Vinny vai crescendo, para o caso de alguma mãe confusa como eu estar buscando um dado objetivo para ficar tranquila em relação à alimentação do seu filhote.

Então, meu filho já tem 8 meses e meio e uma refeição normal dele (sim, eu medi!!) tem de 200 a 230 ml. Esse valor é o que ele aceita efetivamente de papa espessa, já desconsiderados eventuais restos no pratinho, mas não as perdas no babador, nas mãos, no nariz, nas orelhas... porque eu deixo ele fazer meleca mesmo. A medida em "potinhos da Nestlé"? Não sei, e tenho raiva de quem sabe!!

O valor de 230 ml é o limite aceitável do potinho laranja (o médio) daquele conjunto de potinhos da Munchkin que cada dia eu amo mais. Não recebo nem 1 real pelo elogio, ok?

Pois é, outro dia o potinho azul era o suficiente, hoje já estamos com o laranja cheio. Para mim, é evolução satisfatória.