Teste Anuncio Buga

terça-feira, 31 de julho de 2012

Hell's UBUNTU


Como assistir um episódio de Hell's Kitchen aqui em casa:
(Guia básico para Mac people)


1) No seu Mac lindo, projetado por nerds absolutos para ser utilizado com facilidade pelo usuário mais idiota possível, copie num pendrive alguns episódios das 3 temporadas que seu irmão Dante gravou no único formato que sua TV não reconhece, no intuito de ajudar a te distrair durante a sua licença.
2) Ligue o notebook STI que há muito tempo deveria estar no LIXO porque não presta, tem uma birra particular com você e é o responsável por você saber que nunca mais quer ter um notebook na vida.
3) Ah, detalhe: não bastasse toda a história prévia, esse notebook agora roda UBUNTU (oi?), porque aqui (o marido) a gente gosta de fazer testes. 
4) Sem nunca sequer ter pensado em fazer Login, faça Logoff nesse UBUNTU que você acabou de ligar, porque deus quis assim. Tipo uma simpatia...
5) Agora faça login de novo (como não?!).
6) Dê três pulinhos, de costas para a TV.
6) Aperte "Fn + F3". Essas coisas que te ensinam na pré escola junto com a tabuada.
7) Ligue o cabinho do som das caixinhas
8) Assista o negócio travar por completo. (sempre comigo!!). Assim, ó:



9) Como boa usuária, tente um "Ctrl + Alt + Del". ----->  Hello, sua anta, isso aqui deve ser para Windows. Na dúvida, repita. 
10) Desligue cabo E bateria, afinal vc já conhece as manias desse notebook.
11) Ligue para atrapalhar o marido no trabalho, mas pense bem no que vai perguntar, porque você tem direito a uma única ligação para resolver esse pepino.
12) Recomece pelo item 2, lembrando de pular o item 11 se já tiver usado essa opção.  


Voce pode alterar a ordem de 4, 5, 6 e 7 à vontade, o resultado será sempre 8, seguido por 9 e 10.


Enquanto isso, amamente uma criança, espere arrotar e dar aquela regurgitadinha e a faça dormir. 


Simples, né?!

sábado, 28 de julho de 2012

Chá de Fraldas

Conforme contei aqui, fiz o possível para contar sobre minha gravidez para o mínimo necessário de pessoas. Cheguei a evitar (amigos) colegas daqui de Brasília porque simplesmente não queria discutir o assunto com ninguém além do meu marido, meu médico, meus familiares e alguns bons amigos. 
Mas... Eu estava com 7 meses, o bebê já era grande e viável e estava na hora de tomar algumas providências. Resolvi assumir que as coisas estavam indo no caminho certo e organizei um chá de bebê. Afinal, eu tinha direito de comemorar um pouco...

Escolhi pedir fraldas ao invés daquelas tralhas todas, porque afinal tinha comprado quase tudo viajando. E esse é um conselho que dou a todas: peça fraldas, que usamos MUITO. O resto você compra do seu gosto. E se tiver trabalho para organizá-las, consulte minha Planilha de Fraldas.
O objetivo era festejar, porque pela primeira vez o peso do aborto anterior (oi? leia aqui) parecia ter saído dos meus ombros. De maneira alguma eu pretendia ganhar mais em fraldas do que o que eu gastei na festa. Era impossível, mas JURO que teve uma pessoa que quis fazer essa conta, já prevendo que eu tinha saído no "prejuízo"!!! E ainda veio dividir o raciocínio comigo. AFE!!! 
Coloquei uma frase assim no convite: "Se quiser me trazer um presente, traga um pacote de fraldas Pampers ou Turma da Mônica M ou G". Tipo assim: "SE", ou seja, não é como aqueles eventos em que para entrar você PRECISA levar 1 kg de alimento, sabe?! 

No início, fui atrás de uma menina aqui (do bairro) da minha satélite que me foi indicada para fazer os doces. Muito simpática, ela me passou o preço dos doces e se ofereceu para fazer um orçamento da festa toda, com salgados, bebidas, papelaria... Minha tendência inicial era terceirizar o pacote todo pra não ter aborrecimentos, ainda mais tendo que administrar um Centro de Saúde cheio de problemas. Eis que a santa me manda um orçamento astronômico. Mas eu já sabia quanto gastaria com doces e sei quanto custa uma Coca. Pedi que ela me detalhasse o orçamento e ela, é claro, me enrolou. Quanto mais eu pedia detalhes mais o orçamento parecia absurdo. Fiquei brava e o tempo estava acabando. Odeio ser tratada como idiota. Resolvi fazer tudo sozinha!
Contei com o apoio psicológico da minha mãe e da amiga Carol (@cfraga). Obrigada!

Mandei fazer toda a papelaria no Atelier Arte e Fatos, via Elo 7. A Andréa foi super compreensiva com a minha pressa, me deu sugestões e fez um trabalho muito legal! Meus convites foram baseados nesse modelo aqui. As outras coisas (tags, palitinhos para os cupcakes, jogos americanos, banner...) seguiram a mesma linha.


As mini-palmeiras (Chamaedorea elegans) minha mãe e eu compramos no mercado na véspera ao custo de R$ 7,00 cada uma. Serviram também como lembrança para quem se interessou em levar. Três delas estão crescendo lindas na minha varanda.
Encomendei os salgadinhos na Padaria 5 Estrelas que fica aqui perto de casa e todo mundo gostou.
Aluguei a mesa provençal com a gracinha da Mariana, da Bela Arte Festas, que sabendo da minha situação crítica ainda me indicou a doceira.



Os doces quem fez foi a gracinha da Maria Gelza, indicação da Mariana. Ela é tão fofa que aceitou minha encomenda mesmo com a cozinha em reformas! Não é estrela, não se acha o último brigadeiro gourmet da bandeja e tem muito mais bagagem que aquela menina do orçamento superfaturado. As meninas piraram nos doces!!




Contei com a participação da minha mãe para fazer as lembrancinhas e organizar a logística da festa, e no fim, foi tudo lindo!! 


Resultado: fiquei mais esperta, conheci muita gente do bem aqui do DF, tenho uma pequena lista de boas referências para quando precisar e fiquei super satisfeita por ter feito tudo da maneira com que idealizei.
Ah, o crédito das fotos é dessa moça aqui, fotógrafa amadora. Ficaram boas, né?


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Teste: Fraldas PAMPERS SUPERSEC (Pacote Vermelho)

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)

Decidi que só escreveria sobre essas fraldas quando elas estivessem prestes a acabar.

Quando fiz o convite do chá de fraldas eu sabia que havia mais de um tipo de fraldas Pampers. Não sabia que haviam três (agora quatro!). E não imaginei o quanto elas poderiam ser diferentes umas das outras. Claro que eu não especificaria marca E linha de fralda porque isso é ser inconveniente demais.
Então eu fui legal e ganhei 10 pacotes dessa fralda. Um no tamanho P, um no tamanho G e OITO no tamanho M. Existem pacotes de 22, 32, 40 e 52 unidades. Pra dizer o mínimo. De acordo com a minha planilha de fraldas, entre pacotes de vários tamanhos, eu tinha 276 fraldas Pampers Supersec tamanho M para usar.
Não quis nem tentar trocar. Os comerciantes aqui em Brasilia te tratam mal quando você vai COMPRAR alguma coisa. Imagine tentar trocar mercadoria que nem foi comprada ali. Evitei a chateação.



No começo apanhei muito. Achei que era por ser novata nas trocas de fraldas, ou pelo intestino hiperativo do meu filho. 
Organizei minha famosa planilha de fraldas por tamanhos e peso indicado pelo fabricante. Como a "Supersec M" começa em 4 kg, foi a primeira das "M" a ser usada. O Vinny tinha 4100 gramas quando abri o primeiro pacote. Então a primeira consideração é que essa indicação de tamanho está errada: elas ficavam largas. A partir de 5 kg é que podem ser usadas com mais conforto.
Elas são molinhas, com elásticos fraquinhos e se não colocadas RELIGIOSAMENTE certas vão vazar com certeza. Se colocadas METICULOSAMENTE ainda vazam de vez em quando. No menino de 4 kg é raro não vazarem.
Ah, e tem um cheirinho desagradável assim que o primeiro xixi atinge o gel, mas lendo opiniões de outras mães por aí percebi que esse é um problema comum a todas as linhas Pampers. As "Total Confort" (pacote verde) RN e P que já usei também exalavam esse odor. 

Agora que abri o último dos pacotes "M", posso me considerar uma especialista nessas fraldas. 
Vamos à minha técnica de PROFILAXIA DO ABORRECIMENTO:

1) SEMPRE coloque-as como o fabricante manda, cavadas, com a parte da frente abaixo do umbigo e as fitas de velcro na diagonal.
2) Revise detalhadamente toda a extensão das barreiras de proteção internas.
3) Revise detalhadamente toda a extensão das barreiras de proteção externas.
4) Não use por períodos prolongados.
5) Não use à noite.
6) Se seu filho tem um horário preferencial para fazer um cocozão volumoso, como é o caso do meu, evite que ele esteja com essa fralda nele.




Foi a Pampers Supersec que me inspirou a criar o meu "sistema das três fraldas"... Se não serve para uso noturno, se não seguram o cocozão matinal mega power, reservei essa fralda para uso diário, basicamente para xixi.

Classificação:
Categoria "C" no sistema das três fraldas

Especificações:
No tamanho M, embalagens com 22, 32, 40 ou 52 unidades. Isso se não tiver mais variação.
O tamanho M eles dizem que vai de 4 a 9 kg. Eu indico para 5 kg no mínimo.
Fabricante: Procter & Gamble
SAC: 0800-701-5515
Preço: R$ 32,90 o pacote com 52 na Americanas.com

Por que comprei?
Não comprei. Ganhei no chá de fraldas.

Absorção:
Se a "produção" não vazar pelas laterais, a absorção não é ruim. Segura bastante xixi, embora acabe ficando bem inchada. Não seca o cocô. 

Pontos negativos:
Barreiras laterais internas e externa molinhas, com alta tendência a vazamentos.
Gel libera um odor estranho.

Pontos positivos:
Preço (em relação às outras linhas Pampers).

Resumo em uma palavra:
VAZAM

Votaria a comprar?
NÃO

terça-feira, 24 de julho de 2012

Teste: Fraldas BABY MANIA

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)

"Baby Mania - A mania higiênica do seu bebê". Eles tem até site: Baby Mania.
Provavelmente ninguém que ler esse post jamais sequer viu um pacote dessas fraldas na vida. Eu só vi esse que tenho em casa.



Não é uma fralda que eu teria comprado, com certeza, mas a história desse pacote foi engraçada!
No Chá de Fraldas que fiz em casa (oi?! Leia aqui) pedi fraldas Pampers ou Huggies (Turma da Mônica). Mas fizeram pra mim outro Chá de Fraldas no trabalho... Lá, embora eu não tivesse nem definido nada, ganhei dois pacotes que não eram daquelas marcas. Um era da Looney Tunes e o outro era esse "Baby Mania".
Enquanto todo mundo colocava as fraldas num monte sobre uma mesa, eu ainda resolvia umas pendências na minha sala quando a assistente social lá do centro de saúde entrou e me entregou pessoalmente esse pacote como quem me transfere uma jóia da família. Ainda explicou a vantagem da sacola que tem alças e é reutilizável.
Fiquei então com aquele pacote em casa, meio sem saber o que fazer.
No final, as "Baby Mania" se tornaram um ícone do meu sistema de três fraldas, que em breve tentarei explicar aqui.
Basicamente, como o esperado, é uma fralda plástica basicona, com fitas autocolantes que se colar fora da escalinha já era, um gel que não aguenta muito xixi sem inchar horrores e desfazer a estrutura do algodão. Mas as barreiras laterais são fortes, até demais!
Sendo assim, foram escaladas para o clássico cocozão mega power que o Vinny religiosamente faz logo pela manhã, e que as outras fraldas costumam não segurar bem. Ele acorda, eu troco a fralda noturna cheia de xixi por uma dessas e nem me dou ao trabalho de passar pomada. Menos de uma hora depois ele faz a obra e lá se vai uma Baby Mania para a lixeira. Uma fralda boa a menos desperdiçada para menos de uma hora de serviços prestados.

Especificações:
Embalagem com 50 unidades
"Ultra absorção - Com Flocos de Gel Super Absorvente"
O tamanho M vai de 5 a 10 kg.
Fabricante: Ind. e Com. de Fraldas Absorventes e Correlatos - Anápolis/GO
SAC: (62) 3316-2074
Preço: Se alguém se interessar, achei por R$ 14,90 na Drogaria Santa Donata em Goiânia.

Por que comprei?
Não comprei. Ganhei no chá de fraldas do trabalho.

Absorção:
Ruim. Segura muito pouco xixi sem perder a integridade, ficando extremamente grossa.

Pontos negativos:
Muito grossa, mesmo seca.
Mesmo ficando menos de 2 horas, deixa as coxinhas do bebê meio manchadas de verde (fala sério!!) graças a uns desenhos que tem por fora. Deve ser péssimo para os alérgicos.
Fitas autoadesivas que se coladas fora da faixa, já eram!!

Pontos positivos:
Preço.
As barreiras laterais seguram bem o cocô volumoso que o Vinny faz de manhã.
O pacote é uma sacola reutilizável (tive que citar!!). É uma boa idéia.

Resumo em uma palavra:
RÚSTICA

Voltaria a comprar?
NÃO. Há similares que não mancham as coxinhas do meu filho de verde!!

Teste: Lenços umedecidos HUGGIES TURMA DA MÔNICA

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)


Ganhamos esse pacote de lenços no Chá de Fraldas, num kit com fraldas Soft Touch Max (adoro!), esses lenços e uma pomada da mesma linha.
Testamos esses lenços logo no começo, antes mesmo de eu resolver começar a escrever este blog. Por isso essa foto (tosca) foi tirada no Wal-Mart, já que eu simplesmente ME RECUSO a comprar outro pacote deles.



Pois é, tirando aqueles lenços Equate (leia aqui), sem dúvida são os piores que usamos. Opinião minha e do marido.
São macios, mas rasgam com uma facilidade tremenda. Como se não bastasse, ao puxar um tira-se uns dois ou três, e quando tentamos separar... rasgam!! Raiva na certa!!
O pior é que são da Kimberly-Clark, conceituada fábrica de papéis. As toalhas da Equate (leia aqui) são  de uma fabriquinha, melhores e mais baratas!


Especificações:
Embalagem com 48 unidades
18,7 x 16,1 cm cada
Fabricante: Kimberly-Clark
Preço: R$ 7,68 na Ultrafarma


Perfume:
Suave e agradável.


Por que comprei?
Não comprei. Ganhei no Chá de Fraldas.


Pontos positivos:
Essa tampinha de abrir e fechar. Só.


Pontos negativos:
Saem da embalagem em grupos de dois ou três, grudados uns nos outros.
Rasgam na mera tentativa de separá-los, um horror!!


Resumo em uma palavra:
ESQUEÇA


Voltaria a comprar?
NÃO

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Teste: TOALHAS umedecidas EQUATE

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)


TOALHAS umedecidas? Como assim? Isso mesmo, se é pra complicar pra que facilitar, né Wal-Mart?



Pois é. Depois de me revoltar contra a péssima qualidade dos LENÇOS umedecidos da Equate nesse post aqui, estava fuçando com o marido na seção infantil descubro que existem dois produtos diferentes: os LENÇOS e as TOALHAS umedecidos Equate.




Agora fala pra mim, pra quê?!


Depois de ter reclamado tanto, tive que trazer pra casa uma embalagem das tais toalhas, né?!
Pois é, um pouco mais caras (mas ainda bem baratas), macias mas sem rasgar, com perfume agradável... essas tais TOALHAS umedecidas são o produto que eu esperava que fosse vendido com a marca do Wal-Mart. Não são as nacionais preferidas (que são essas aqui) mas dá para usar tranquilamente. E bem melhores que as Huggies/Turma da Mônica (veja aqui).
Ah, e ao puxar uma... você retira uma!!!! PARABÉNS.
Agora falta tirar do mercado os terríveis lenços pra não confundir o povo e não queimar o filme.


Especificações:
Embalagem com 50 unidades
20 x 15 cm cada
Fabricante: Lençobrás Indústria e Comércio de Lenços Umedecidos Ltda. para Wal-Mart Brasil
"Camomila e Lavanda"
Preço: R$ 5.90 no Wal-Mart


Perfume:
Agradável


Por que comprei?
Porque estava muito decepcionada com os lenços (leia aqui) deles e notei que vendem dois produtos diferentes, lenços e toalhas, embora por mim possam retirar os primeiros do mercado


Pontos positivos:
Preço, sem dúvida. A melhor vantagem nesses produtos "genéricos".
Maciez
Embalagem mais fina, boa para bolsa. (logicamente maior que a dos lenços).


Pontos negativos:
Essa confusão besta com os lenços da mesma marca.


Resumo em uma palavra:
PERDOADOS


Voltaria a comprar?
SIM

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Teste: Banheira IPANEMA - BURIGOTTO

(Veja aqui uma lista dos outros produtos já testados)



Escolhi a banheira com suporte e trocador pois é evidente o tanto que facilita a nossa vida, apesar de ser um trambolho pra guardar!

Embora tenha trocador no quarto, na hora do banho tiro a roupa do Vinny sobre o trocador da banheira, dou o banho, fecho o tampo e visto ele ali mesmo.

Para que a altura do trocador seja ótima, a da banheira fica um pouco baixa, o que vem me dando uma dorzinha nas costas. Faz parte.

O acessório redutor de profundidade para recém nascido, com aplicação de EVA anti-derrapante é
indispensável, principalmente para quem dá os banhos sozinha (o meu caso). Não sei como viveria sem ele, sério!

O raio da mangueira de esvaziar em pouco tempo começou a sair da conexão e deixar vazar água. Raiva!! O marido fechou com um lacre, mas de vez em quando ainda solta.


Especificações:
Peso: 6,63 kg
Altura: 99 cm - Largura: 83 cm - Profundidade: 72 cm (montada)
Capacidade: 30 kg (20 litros de água + criança de até 10 kg)
Fabricante: Burigotto SA.
Preço: R$ 208,05 na Americanas.com

Por que escolhi?
Altura e largura do trocador.

Pontos positivos:
Suporte - as costas agradecem
Trocador
Redutor de profundidade com anti-derrapante ideal para os RNs.

Pontos negativos:
Podia ser um pouquinho mais alta!! #ficaadica
Mangueira que não para no conector.
Não pode ser guardada dentro do box. Isso está escrito claramente no manual. Deve ser por conta da umidade. E agora?

Resumo em uma palavra:
ÚTIL

Votaria a comprar?
Por que eu precisaria de outra banheira? Mas indico para as amigas!!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Teste: Sabonete Líquido DERMACYD Infantil

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)

Quando ainda fazia consultório esse era um dos sabonetes que indicava para os banhos. O outro era o concorrente direto, Lucretin infantil, que nunca mais vi para vender. Os sabonetes líquidos são mais indicados para os bebês, por serem mais higiênicos e respeitarem o pH natural da pele. Os que contém ácido lático são ainda melhores.

 O Dermacyd é mais cremoso que, por exemplo, o sabonete líquido da Granado, por isso mais gostoso de espalhar na pele do bebê.



No entanto, como já falei que a Pediatria não nos ensina a ser mães, embora ainda goste bastante do produto, notei que no dia-a-dia a embalagem dele dificulta a vida, principalmente para quem tem bebê ainda pequeno. Por não ter válvula dosadora, e sim tampa abre-fecha, exige uma mão para segurar o frasco e outra para receber o sabonete. Quando temos ainda que segurar um pouco o bebê no banho, caso dos pequenos, fica complicado! Quando vou lavar o bumbum do Vinny, segurando-o com uma mão, acabo despejando um pouco do sabonete nas costinhas dele para depois espalhar. Coisa boba, mas que atrapalha...

Especificações:
Frasco com 200 ml
Fabricante: Sanofi-Aventis
Preço: R$ 18,79 na Ultrafarma

Perfume:
Cheirinho de bebê não enjoativo.

Por que comprei?
Já conhecia por amostras e recomendava o produto.

Pontos positivos:
Perfume agradável.
Ácido lático, reequilibrando o pH da pele.
Consistência cremosa bem gostosa para ensaboar o bebê.

Pontos negativos:
Embalagem com tampa abre-fecha ao invés de válvula, dificultando o trabalho no banho dos pequeninos. Voltarei a usar quando o Vinny estiver sentando.

Resumo em uma palavra:
RECOMENDO

Votaria a comprar?
SIM.

domingo, 15 de julho de 2012

Teste: lenços umedecidos PAMPERS Sensitive

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)


Sem dúvida, entre os que podem ser comprados aqui no Brasil e já testamos, é o nosso preferido.



Reúne quase todas as características que acho importantes nos lenços umedecidos: é macio, tem um perfume agradável sem exageros, é ótimo para remover restinho de pomada (inclusive Hipoglós), não rasga com facilidade e quando você puxa um vem um só (UAU!!).
A embalagem é meio grande para bolsa. O adesivo "abre-e-fecha" quando o produto é novo funciona direitinho, mas assusta meu filho cada vez que abrimos com o barulhão que faz. Depois de um tempo fica embebido com a loção do lencinho e deixa de fazer o barulho, e também de fechar corretamente.
Vou confessar que ele é tão, mas tão eficiente em tirar a Hipoglós que fico até desconfiada e depois de usá-lo por diversas vezes apelei para o bom e velho algodão embebido em água morna para remover o excesso da "mágica" contida ali.


Especificações:
Embalagem com 56 unidades
17.9 x 17 cm
Fabricante: Procter & Gamble - Espanha
"aloe & chamomile"
Preço: R$ 11,85 na Ultrafarma


Perfume:
Suave


Por que comprei?
Por confiar na marca e por ser indicado para recém nascidos, já que foi desenvolvido para peles sensíveis.


Pontos positivos:
Macio.
Perfume agradável sem excessos.
Não rasga fácil.
Não pego vários quando quero um só.
Excelente para remover excesso de pomada.


Pontos negativos:
Embalagem muito grande para bolsa.
O adesivo "abre e fecha", quando novo gruda bem mas assusta o Vinny cada vez que é aberto, graças ao barulho que faz quando descola. Porém, quando chega na metade do pacote, para com o barulho e também não fecha mais direito.


Resumo em uma palavra:
QUERIDINHOS


Voltaria a comprar?
SIM



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Teste: creme CONFIARE Prevent - Medley

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados)

Por diversos motivos que não vem ao caso, confio muito nos produtos da Medley.
Sendo assim, resolvi testar esse creme deles com base de óxido de zinco, bem no estilão Hipoglós.



Ele é menos espesso que a Hipoglós Original e por isso sai mais fácil do bumbum e dos dedos, o que pode agradar algumas mães, mas na minha opinião também reduz a proteção contra assaduras.

O que eu tenho a dizer sobre o produto?
Dona Medley, se a senhora investiu nesse produto deveria estar visando as potenciais consumidoras de Hipoglós, já que há o time das que não usam o óxido de zinco nem pomadas muito grossas, certo? Sendo assim, deveria tentar melhorar pontos que geram insatisfação nelas, como a espessura do creme (nesse ponto conseguiu) e o perfume, que tem gente que não gosta. Aí está a grande falha da Confiare Prevent. Se não fosse melhorar OS DOIS aspectos que talvez atraíssem consumidoras insatisfeitas, teria que colocar o creme no mercado com preço melhor, o que não aconteceu. Fica a dica.

Especificações:
Bisnaga plástica com 60 gramas.
Ingrediente principal: Óxido de Zinco.
Fabricante: Medley
Preço: R$ 21,55 na Ultrafarma

Perfume:
Pra mim tem cheiro de remédio. Não gostei.

Por que comprei?
Porque confio na marca.

Pontos positivos:
Tamanho da embalagem (boa para bolsa).
Um pouco menos espessa em relação à Hipoglós Original, portanto mais fácil de aplicar e de tirar dos dedos.
Proteção contra assaduras satisfatória.

Pontos negativos:
O cheiro, definitivamente.
Custa mais que a bisnaga de 135 gramas de Hipoglós, e por isso deixa de ser competitiva.

Resumo em uma palavra:
FEDIDINHA

Votaria a comprar?
NÃO.



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Teste: LENÇOS umedecidos EQUATE

(Veja aqui uma lista dos produtos já testados.)

Em recente passagem pelo Walmart, procurando os lenços que estou usando mais, me vi tentada a levar pra casa esses lenços da marca Equate.




Pra quem não conhece, Equate é a marca própria do Walmart para produtos da linha de cuidados pessoais. Nos EUA vendem de sabonetes a remédios "genéricos", que lá podem ser vendidos nas gôndolas dos mercados. Lá, são produtos de ótima qualidade.

Temos aqui em casa um anti-alérgico maravilhoso deles, com fármaco que não há equivalente via oral aqui no Brasil e que o marido sempre toma quando precisa. O Vinny já nasceu com um lote de 500 hastes flexíveis deles, que tem o diferencial da haste ecologicamente correta, feita em papelão duro, sem nada de plástico. Tudo comprado fora.

Pois é... É aí que estava o problema.

Assim que cheguei em casa, o marido, mil vezes mais esperto, fez a pergunta que eu devia ter considerado: "mas vem de lá?". Consultei o fabricante: Lençobras, em Barueri/SP. Poutz...

ATUALIZAÇÃO: 23/07/2012 - Acabei descobrindo que existem esses lenços e as TOALHAS umedecidas da Equate, que são beeeeem melhores!! Se quiser ler o post sobre elas clique aqui.

Especificações:
Embalagem com 60 unidades.
20 x 13.1 cm cada
Fabricante: Lençobrás Indústria e Comércio de Lenços Umedecidos Ltda. para Wal-Mart Brasil.
"Camomila e Lavanda"
Preço: R$ 3.50

Perfume:
Agradável

Por que comprei?
Porque (sou burra) achei que conhecia a marca, o preço era atrativo (R$3,50) e o tamanho da embalagem me pareceu ideal para ser carregado na bolsa.

Pontos positivos:
O tamanho da embalagem, bem fininha. E só.

Pontos negativos:
Só eu para achar que eles conseguiriam colocar 60 unidades numa embalagem tão pequena e os lenços não seriam finérrimos. São ultra finos, quase transparentes, não muito macios.
Mas a principal desvantagem é você puxar um e sair um montinho de 3 ou 4. Ai, que raiva eu tenho disso!!!

Resumo em uma palavra:
PORCARIA


Voltaria a comprar?
NÃO.

Vale para ver como nós brasileiros somos bestas. O mesmo mercado que vende produtos de qualidade lá fora vende uma porcaria dessas aqui no Brasil. Que pena.

Testando produtos infantis


Trabalhando como pediatra, sempre recebi solicitações para indicar a "melhor" marca desse ou daquele produto. A maioria das minhas opiniões baseava-se em comentários de amigas ou outras mães de pacientes que haviam passado por mim.
Agora que tenho um filho, juntei o meu lado consumista com a minha curiosidade pediátrica e virei uma grande testadora de produtos infantis.
Infelizmente a frequência em que sento para escrever é muito menor que a velocidade de teste dos produtos. Mas assim que possível vou escrevendo e fazendo um índice nesse post.




Os links para os produtos, dentro de cada categoria, estão organizados em ordem alfabética de marcas e não em ordem de preferência.

FRALDAS DESCARTÁVEIS:
BABY MANIA
EQUATE - Wal-Mart Brasil
HUGGIES TURMA DA MÔNICA SOFT TOUCH MAX
PAMPERS SUPERSEC (pacote VERMELHO)

CREMES E POMADAS CONTRA ASSADURAS:
CONFIARE Prevent - Medley
HIPOGLÓS Original

LENÇOS UMEDECIDOS - BABY WIPES:
EQUATE, Lenços - Wal-Mart Brasil
EQUATE, Toalhas - Wal-Mart Brasil
HUGGIES - Turma da Mônica
JOHNSON´S BABY - Milk
JOHNSON'S BABY - Recém Nascido
JOHNSON'S BABY - Skincare
PAMPERS Sensitive

SABONETES e SHAMPOOS:
DERMACYD Infantil

OUTROS:
Banheira IPANEMA - BURIGOTTO
Copo de Treinamento Philips AVENT

segunda-feira, 9 de julho de 2012

As temidas cólicas do lactente.


Primeiro devo confessar que quando ainda fazia plantão em pronto socorro, eu recriminava as mães que ali apareciam, tarde da noite, com seus bebês tão pequenos imunes a nada, por conta de dor na barriga.  Os bebês chegavam, invariavelmente, dormindo, o que é bem esperado depois de um gostoso passeio de carro. “Ora bolas, são cólicas. O que ela veio fazer aqui? Arriscar o menino num PS por isso?”, pensava eu. Ficha rápida, orientações de sempre, HD de dor abdominal, CID R10, receita de Luftal, pode comprar genérico, boa noite, tchau.

Agora que sou mãe, depois da primeira crise de cólicas do meu filho, sei que elas me procuravam para ter alguém pra dividir o colo para o bebê, e eu substituiria a coisa toda por um abraço. Porque era um abraço e um ombro pra desabar que eu queria quando o Vinny adormeceu, cansado de tanto chorar, apesar de terntarmos tudo o que havia disponível.

Quase 90 dias depois, sei mais do que sabia antes, como pediatra. Principalmente em como lidar com as crises quando quem chora é um querido seu. Mais uma vez, para quem ainda tinha dúvidas: a pediatria não nos ensina a ser mães. No máximo dá uma facilitada em alguns momentos.

Para esse item em específico, valeu o que eu aprendi na faculdade. Cada criança tem uma sensibilidade e reage a determinados alimentos que a mãe ingere, embora alguns pareçam unanimidades. Não adianta pegar a lista das (palpiteiras) amigas e tentar prevenir, parando de comer tudo o que for relatado como alimento proibido.

As cólicas são "normais" (ou como nós médicos chamamos: fisiológicas) nos primeiros 3 meses de vida dos bebês. Trata-se de um processo natural de adaptação do intestino dele à rotina da digestão. Por isso não são indicados medicamentos anti-espasmódicos (tipo Buscopan), que atrapalhariam o desenvolvimento natural dos movimentos peristálticos, necessário para que depois o intestino da criança funcione adequadamente.

Deve-se sempre ter em mente que, MESMO QUE VOCÊ NÃO COMA NADA, seu bebê terá episódios de cólicas nos primeiros 90 dias de vida. Não tem como evitar. No entanto, a piora na frequência e intensidade das crises é evidente após a ingestão de determinados alimentos e há listas e mais listas deles disponíveis por aí.

Aos poucos a gente vai descobrindo o que piora  as dores do NOSSO BEBÊ, e isso não vale como regra para a nossa colega, certo? Mas o fato de alguém relatar esses alimentos facilita a busca nas horas de dúvida.

Eu por exemplo já havia cortado leite e derivados, feijão e repolho. Um belo dia meu filho voltou a ter cólicas na intensidade das crises de quando eu tomava leite. Fiquei um bom tempo tentando achar o que eu tinha comido de diferente até que lembrei de uma paçoca (era fim de maio) que o marido trouxe do mercado. Não tenho hábito de comer amendoim, então fui no Google e vi que muitas mulheres relatavam a piora das cólicas com a ingesta de amendoim. Pronto. Mais um alimento para a MINHA lista.

ALIMENTOS QUE PIORARAM AS CÓLICAS DO MEU FILHO

Repolho
Feijão
Leite e derivados
Amendoim (no caso foi uma paçoca da Hersheys)
Rabanete

ALIMENTOS QUE AS (PALPITEIRAS) PESSOAS CONDENAM, MAS NÃO PIORARAM AS DORES AQUI EM CASA:

Coca cola
Café
Chocolate

Acabei mais uma vez (estragando) fugindo da cronologia das postagens, porque o Vinny teve um episódio ANIMAL de cólica na semana passada e eu acabei descobrindo, aos 43 minutos do segundo tempo, depois de SEIS frascos de simeticona, que inventei um método nada ortodoxo de controlar essas crises. Inventei na semana passada, e testei de novo hoje. Sucesso! Quer saber?? Envie seu contato numa mensagem, porque eu mesma me proibi de dar a receitinha aqui!!

Mas as opções de (tratamento) controle serao assunto para outro texto, já que terei de citar também a maldita Funchicórea.




Simeticona em gotas: Pode usar tranquila (mais que uma gota por kg, por favor!!), de preferência ANTES da crise de cólica. Mas... obviamente, não é essa a solução que eu achei!!  

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Lembrancinhas de nascimento

Lembrancinha de nascimento costuma ser aquele enfeitinho bonitinho, em geral de pouca ou nenhuma utilidade, que você ganhou de alguém querido e que por isso fica ali num canto da estante para a toda a eternidade, porque simplesmente não pode ser jogado fora.

Muitas mães são artesãs natas e optam por fazer elas mesmas esses presentinhos. Obviamente que não era o meu caso. Terceirizei tudo, e via internet.

Minha primeira decisão foi que queria alguma coisa consumível, ou pelo menos útil. Entenda-se por útil até um sachet ou toalhinha, só não queria enfeitinhos mesmo.

Depois de procurar entre milhares de opções, achei várias possíveis lembrancinhas fofinhas e úteis. Mas nenhuma delas era "a cara" da minha gravidez. Escolha difícil. A amiga Carol recebia algumas opções e opinava.

Até que, dando aquela última fuçada, achei esse sabonete, que tinha tudo a ver com o que eu senti a maioria do tempo, e desde então não consegui mais tirar da cabeça!!! Trata-se de um sabonete de arruda com sal grosso, envolto numa fitinha do Senhor do Bonfim. Perfeito para as palpiteiras (veja aqui), não?!




Fiz a encomenda dos sabonetes com uma moça, os saquinhos de organza com outra e as tags com a moça que fez a papelaria do meu chá de fraldas.

O resultado final ficou assim:



A maioria da galera não entendeu muito bem a minha escolha, mas estou feliz espantando os maus agouros do meu jeitinho.

Deixem minha gravidez em paz!!!


Como já expliquei aqui, por motivos que só dizem respeito a mim e ao meu jeito de fazer as coisas, optei por uma gravidez low profile, sem romantismo excessivo e frufrus femininos típicos.
Basicamente, fiquei na minha. Mas eu não sabia o quanto isso iria aborrecer as pessoas e o quanto, após aquele momento em que não dá mais para esconder, eu me aborreceria com elas!!

Sinceramente o que mais eu detestei durante a gestação foram as palpiteiras!! Chegaram a me tirar do sério. Por que é que tem tanta mulher desocupada querendo “dar uma dica” e se intrometer na gravidez da gente?? Alguns palpites chegam a parecer pragas, sério. E é coisa de mulher (sem assunto) mesmo, porque homem lida com muito mais naturalidade, respeitando os limites da boa convivência e se limitando a dar parabéns.

Fora a turma que cobra divulgação e fotos, no pensamento de que “o que não está no Facebook não aconteceu”. ARRRGH!!

Onde está escrito que uma gravidez é um evento público que necessita de ampla divulgaçao e em que todos podem dar um palpite? Me deixem.

Segue uma lista de pérolas que eu escutei, sem ter pedido opinião. Se você lembra de ter me dito uma dessas. saiba que naquele momento você foi inconveniente e eu te achei uma chata!!

(CITAÇÕES TOTALMENTE BASEADAS EM FRASES REAIS)

“Não vejo a hora de você começar a enjoar!”
“Não está enjoando? Então é menina!”
“Se não enjoar é porque o bebê nascerá careca.”
“Está fazendo pré-natal com o Dr. X? Por que não faz com o Dr. Y?”
“Nossa, ele nasceu cabeludo?! Estranho, já que você não enjoou!”
“Sua barriga está espalhando! É menina!”
“Se a barriga ficar pontuda é menino.”
“SENTI que é uma menina Eu sinto essas coisas, sabe?”
“Você está mesmo grávida? Porque eu não vi nada no Face…”
“Sua pele AINDA não manchou, né?”
“Seu médico DEIXA você fazer natação?”
“Você está indo na natação AINDA? Não é perigoso?”
“Seus pés AINDA não estão inchados, né?”
“Você vai parar de trabalhar quando?”
“AINDA não entrou de licença?”
“Se eu fosse você já não estaria trabalhando”
“Aproveita pra dormir enquanto você pode, viu?”
“Você vai ver, menino suga MUUUITO mais que menina. NÃO DÁ para deixar só no peito.”
“Nossa, você vai ver, amamentar dói TAAAANTO. É terrível.”
“Acho que você não vai dar conta de amamentar”
“Quando ele tiver 3 meses e seu leite não sustentar você vai entender porque dei caldo de feijão para o seu irmão” (nem preciso falar de quem é a previsão, né?)
“A Juliana é pediatra. Vamos ver como ela se sairá como mãe né?” Essa foi dita (numa tarde de veneno) num chá da tarde de umas housewives aqui do bairro. Só não sabiam que uma delas me contaria!!! Ah… o recalque!!!

Foi em homenagem a essas queridas palpiteiras que escolhi a lembrancinha (veja aqui) de nascimento do Vinny!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Discutindo sobre parto domiciliar.

Hoje resolvi compartilhar um texto sobre partos domiciliares, de autoria de Suzy Meira, uma médica anestesista do Rio Grande do Sul. Tive contato com ele num grupo desses do Facebook, formado exclusivamente por médicos egressos da minha faculdade, que iniciaram a partir dele um debate bem interessante. No texto ela não defende e nem se coloca radicalmente contra os partos domiciliares, mas coloca com muita propriedade que o radicalismo é sempre ruim, tanto para um lado como para o outro, e que as mulheres devem tomar cuidado antes de adotar como sua a ideologia da outra, o que acho bem válido quando alguma coisa começa a virar modinha sem que os riscos sejam devidamente considerados.
No debate, acabou aparecendo com mais clareza a opinião de médicos de que, no âmbito da paciente que depende do SUS, o parto em casas de parto pode ter um objetivo sujo de reduzir os custos da assistência, o que é realmente um perigo. 
Adorei também a parte em que ela fala que nem tudo que se faz dentro de um hospital é impessoal e desumano. Tive um parto cesárea, obviamente em hospital, com assistência pré, peri e pós-natal muito individualizadas e de excelente qualidade, de acordo com as minhas vontades, ansiedades e angústias.

Vamos ao texto: 

"Ante as marchas pelo parto em casa, que estão acontecendo pelo Brasil, os posts de amigas queridas, os direitos das pessoas, suas idéias e sentimentos sobre seus direitos e papéis, minha realidade como mãe de 3 filhos saudáveis (nascidos um de cesárea e dois de parto, com e sem analgesia, e amamentados por 9 meses, um ano e meio e outro por dois anos e meio), e sendo médica anestesista, que trabalha há 18 anos em centros obstétricos bem heterogêneos entre si... com pacientes com realidades psicossociais, culturais e financeiras mais heterogêneas ainda... O privilégio que tenho de presenciar o transbordar de muitas vidas lindas que vêm a esse mundo... E também o respeito e o apoio que já comparti quando o karma vence o dharma, e todo o esforço humano tem que se render, ante à impossibilidade de ajudar para a vida que não conseguiu nascer... Convido a pensarmos juntos sobre alguns pontos:

Acredito que a todo abuso de poder, mesmo que leve séculos, haverá uma revanche cultural, social. Para um lado, para qualquer lado, a esmo, ou direcionada por ideologias, entusiasmos, sentimentos verdadeiros, o que for. Certo é que uma revanche ocorrerá. E também de algum modo alguma coisa melhorará, mesmo que no início se penda para o extremo oposto. Isso é assim desde que o mundo é mundo. Com reis, senhores feudais, bispos, magos, médicos, senhores de engenho, aristocratas, políticos... que exerceram algum tipo de autoritarismo, inclusive o de pais e mães de todos os séculos, que também exercem grandes poderes no mundo todo, em cada lar.
Hoje, em diversos segmentos, estamos presenciando essas revanches.

Tudo isso junto me faz pensar...

Se existirá um, talvez mais de um caminho que seja ao mesmo tempo justo e afetivamente aconchegante e confortável, e também espontâneo, instintivo, mas com segurança verdadeira.

Alguém poderá me dizer: 'Ora, mas segurança, risco zero, desde que se nasce, não se tem. A única certeza é que um dia vamos morrer.' Mas não precisamos atravessar a rua em uma faixa de segurança, sem olhar muito para os lados, porque se acredita que tudo funcionará bem, ou que se esteja com tudo sob controle. Muitas variáveis podem se interpor nessa situação. Variáveis que não estávamos esperando, dificuldades de um país em desenvolvimento, dificuldades sociais, econômicas, financeiras. Tantas coisas podem acontecer. Não estou em absoluto comparando um parto em casa com atravessar na faixa sem olhar para os lados. Mas estou propondo que se olhe realmente para todos os lados da situação.


Ninguém pode afirmar que tudo que esteja a princípio bem, vá continuar assim.

Há duas semanas, uma gestante em início de trabalho de parto, com tudo bem, no hospital, teve subitamente um descolamento de placenta. Será que todos sabem o que isso significa?
Para essa mãe, que recebeu atendimento imediato, pois já estava dentro de um local que, além de parto, faz também cesárea, teve sua vida salva, apesar do sangramento profuso. O mesmo não foi possível com seu bebê. Apesar de toda a rapidez de um centro hospitalar obstétrico. Um bebê gordinho, perfeitinho, rostinho parecido com a mãe. Não suportou. Tentar de tudo. Toda a equipe envolvida, agilizando tudo. Impossibilidade. Imobilidade. Silêncio. Dar a notícia. Apoio. Choro e desespero de quem esperava tanto por alguém. Aceitação de que não se é deus. Em um hospital. Ao menos tudo que a tão criticada medicina possa fazer, foi feito.
E se fosse em casa? Em casa de parto? Onde quer que fosse? E se não der tempo, no caso de um imprevisto?

E se o bebê sofrer antes de nascer, com oxigenação insuficiente? Ou se ele tiver que nascer rápido, por risco iminente de morte?


Parece que sou hiper pessimista, fantasiosa até, mas quem vive diariamente as mínimas porcentagens onde tudo vai bem e em pouquíssimo tempo já tem que melhorar pra ontem, para garantir o direito da vida..., sabe o quanto dói para qualquer profissional da saúde e para uma mãe ver um bebê morto, ou asfixiado, com permanente lesão cerebral. Muitas crianças, após alguns anos, começam com déficit de aprendizagem, convulsionam sem muita explicação e vai se ver lá atrás, tiveram partos longos, difíceis, com dificuldades de oxigenação do bebê.


Claro que não significa que vá acontecer uma tragédia todo dia, mas se o 'felizardo' fosse seu bebê... e você não estivesse no melhor lugar do mundo para salvar a vida dele, pelo motivo mais verdadeiro, instintivo e procedente que fosse, você não sentiria nenhuma culpa de levar uma criancinha com retardo mental de carrinho pelo resto da sua vida?


Sim, me parece muito importante o direito de escolha, o respeito.

Mas antes de tudo, o direito à vida. E vida sã. O direito de respirar, de se oxigenar.
Bebês com cérebro funcionando, com toda a sua complexidade e potencialidade.

Morria muita mãe de parto há não muito tempo atrás. Nascia muito bebê 'abobado', como minha bisa dizia. Tá certo, era pra fora, em lugares distantes de um centro. Mas alguém já pensou no tempo que levaria uma paciente para entrar numa ambulância, ou mesmo de carro particular, no trânsito, para chegar em um hospital e lá dentro, estar numa sala de cirurgia e iniciar uma cesárea?

Será que realmente uma estatística inglesa pode ser totalmente aplicada aqui no Brasil, onde nem quem chega ao hospital consegue ser atendido e algumas vezes, nem sobreviver? E na urgência da urgência, então...

Estatísticas de 0,60 e poucos para 1,27% não são significativas?

Será que os europeus tomariam as mesmas diretrizes se tivessem, em profusão, o seguinte material psicossocial junto com o nascimento dos bebês:
Um bebê, a tia que assistiu ao nascimento. Ao ser perguntada se o pai estava nervoso e não quis entrar, a mãe conta que ele estava no presídio há alguns dias, preso em flagrante por assalto a um estabelecimento à mão armada... Que ganhava bem, tinha carro e moto, mas resolveu assaltar. Àquele dia, ela não sabia que ele ia assaltar. Mas que ela estava tranquila, porque ia ganhar do governo ajuda financeira para cada filho...
A outra, uma barriguinha diminuta, o bebê não estava crescendo. Ela já tinha diminuído, mas ainda estava fumando 2 carteiras de cigarro por dia. Mas disse que vai tentar parar... Não fez nenhuma consulta de pré-natal, porque não teve tempo. Não lembra quando engravidou e não sabe para quando é o bebê...
Outra, na festa rave teve ruptura da bolsa, mas não percebeu... Alguém a traz ainda drogada. O bebê cheio de arritmias. Cesárea de urgência. Ela conta que agora vai ir na igreja e vai parar de beber e de usar crack. O marido assistindo ao nascimento e ela contando, rindo, que nem sabe de quem seja a criança...
Outra, 15 anos, engravidou no 'pancadão' (conhecem?) e portanto não sabe quem possa ser o pai da criança. A mãe que a filha pulava a janela de noite e ela nem via.
Outra, gestante de 13 anos sendo acompanhada no parto pela avó do bebê, de 28. A bisa tem 44. A tatara ( trisavó, para os mais exigentes...) tem 65. Perguntada porque nesse caso teve uma distância de vinte anos, esclareceu que a bisa era a terceira filha da tatara.

Fora o aspecto da saúde cerebral do bebê e de possíveis sangramentos da mãe, gostaria de ressaltar uma outra questão:


QUEM teria os privilégios de escolher em que lugar parir seu bebê? Não temos hospitais suficientes, mas disporíamos de casas de parto suficientes? Cesárea de urgência seria também na casa de parto?


E uma mãe mais desprovida financeiramente, que queira ganhar em casa?


Se algum dia, digamos que os tão criticados Conselhos permitissem ao médico realizar partos em casa, o SUS, que já paga mal médicos plantonistas, iria dispor de equipes a domicílio? Parteiras, doulas seriam pagas pelo SUS, para o conforto das gestantes em casa? Quem não tenha carro, nem dinheiro para táxi, esperaria uma ambulância que lhe levasse ao hospital?


Empoderamento, protagonismo da mulher, escolhas, direitos, nascimento digno... Não seria mais simples para uma gestante escolher, como ela certamente faz em relação a qualquer outra especialidade, um obstetra indicado por conhecidos, que tenha concepções mais em acordo com as suas?

Tipo ser 'bem parteiro', que tenha uma boa relação com as pacientes, que seja tranquilo e competente? Tem tanta coisa bonita que se faz em um hospital...

É que isso não aparece no youtube.

Não só em hospitais de convênios, mas nos hospitais que atendem predominantemente SUS, a equipe dá todo um suporte durante o trabalho de parto, e na hora explica o que vai acontecer, esclarece dúvidas, reassegura sentimentos, estimula potenciais. Tem gente que faz verdadeiras terapias breves unifocais, de urgência, com situações psicológicas delicadas da vida da gente. E também ajuda a tirar fotografias, porque às vezes os pais estão nervosos, podendo curtir o bebê tète-a-tète, e também aparecendo nas fotos. Sai cada zoom mais lindinho que o outro. Música da antena 1 tocando. O bebê fica no colinho da mãe. Toma peito. O pai ajuda a dar o banho e fica com o bebê no bercinho aquecido nos minutos que a mãe precisa para ficar pronta do parto ou terminar a cesárea. Depois o bebê fica todo o tempo junto da mãe, se ele estiver bem. Nossa... tanta gente boa fazendo um trabalho tão bonito, no meio de um hospital, mas sem bandeiras. Um potencial sem fronteiras.

Toda ideologia delimita, limita a realidade multifacetada, multifatorial, dialética.
Corre o risco de ser mais fechada que sua vontade inicial de abertura e mudança ante um fechamento.

Num país sem recursos bem administrados, com uma população com valores antagônicos, qual conduta é mais segura às suas necessidades "afetivas, psicológicas e fisiológicas"... Será que não esquecemos de ponderar também as necessidades patológicas de TODOS os envolvidos? Além das patologias físicas que emergem subitamente ante nossos olhos e coronárias... Há as patologias das gestantes com terror à dor, que trocam de médico se este não fizer cesárea; as que processam por qualquer motivo subjetivo se o médico explica da possibilidade de parto e não de cesárea, e algo não acontecer como na disneylandia; as que querem tirar antes o bebê para não ficarem com estrias; há gente apressada, sem paciência, estressada... Há pessoas autoritárias, com ideologias encerradas em si, acirradas, sejam médicos, enfermeiros, parteiros, doulas, gestantes, papais, repórteres, modelos, cantores, favelados, drogaditos, etc... e gestantes que não fazem ideia do que seja uma urgência obstétrica, ou que perderam a aula na facul sobre bactérias, sepse, endometrite, laceração de reto, com colostomia, de descolamento de placenta, ruptura uterina, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, SARA, atonia uterina...parada cardíaca, aspiração de mecônio, paralisia cerebral, hipóxia...
Tudo isso, a partir de uma coisa tão bonita, natural, simples e complexa, que é um parto.

Tudo pode acontecer.

Rogo ao senhor do tempo e de todas as variáveis...
Se alguém for ateu e for criticar meu também direito a achar alguma coisa, como todo mundo...
Então rogo apenas ao tempo e a todas as variáveis desse espaço, que é pura vacuidade... que é pura bênção,
que tudo vê e nos provê...
Que nessa unicidade, os movimentos da vida aconteçam como precisam acontecer, mas que cada vez menos gente morra por idéias, nem se prejudique com idéias de outros, ou se arrependa tarde demais por necessidades, instintos, concepções e sentimentos, sejam eles para que lado forem.
Que todos possam ser ouvidos.
Que cada vez mais pessoas se empoderem do que lhes pertence e que não se apoderem do que seja do outro.
Que tenhamos todos nossos direitos e opiniões respeitados, quaisquer que sejam.
Que possamos respeitar os vivos, os mortos que nos antecederam e também aqueles que ainda não nasceram, que nos sucederão.
Que haja cada vez mais espaço para a vida transbordar no cálice do nosso peito, da nossa alma.
E que todos nós nos responsabilizemos por nossos movimentos, alumiando, à luz da consciência do ser, nossas sabedorias, mas principalmente nossas ignorâncias.
Saúde a todos nós.

E muito amor a nos guiar na lucidez, na compaixão, na misericórdia, na gratidão, na tolerância."


Nota da Ju:


Obstetras não são um mal desnecessário. São extremamente necessários e consistem num bem a uma gravidez, desde que bem escolhidos, num mundo em que haja opção.
Infelizmente essa não é a realidade da maioria das mulheres no Brasil, que muitas vezes nem acesso a um Pré Natal de qualidade tem.
Fui extremamente bem atendida pelo obstetra que escolhi, o QUARTO que visitei. Infelizmente, não confiaria a vida do meu filho (e a minha) aos outros três. O tipo de parto é um detalhe se a gente confia em quem nos acompanha. Mas infelizmente essa confiança não é tão simples hoje em dia.
Fui submetida a uma cesárea, feita no dia em que entrei em trabalho de parto. Se o médico me induziu a isso? De forma alguma...
Tenho um motivo médico (hematológico) raro que meio que indicava a via de parto, embora a indicação seja questionada por uma parte dos poucos estudos sobre o tema. Eu, Juliana, preferi não arriscar. Não sou romântica, sou objetiva. O parto para mim foi um detalhe, para alcançar o objetivo maior: meu filho. Tudo correu da maneira mais tranquila e ficamos todos bem. 

Quem achou ruim e quiser invadir o meu quadrado, fique à vontade para pagar minhas contas!