Teste Anuncio Buga

terça-feira, 13 de novembro de 2012

221 dias e 1452 fraldas depois...

... Chegou o dia de voltar a trabalhar.

Com uma noite de brincadeiras e sorrisos, a barriga cheia de papinha de manga com pêra e um pouco de leite do peito, você desmaiou de sono, sem saber que eu chorava ali do seu lado, no fim do expediente materno do que seria o último dia da licença e férias que os trabalhos dão para que as mamães possam descobrir inteiramente os medos, as crises, as derrotas, as vitórias e os prazeres de ter um filho.



O novo trabalho em que eu começo amanhã era um sonho, desde a mudança para Brasília em 2007, desde o concurso em que fui aprovada em 2009. Foram três anos esperando, sem ter certeza se daria certo. Mas agora, eu juro, tudo isso parece apenas um detalhe pouco importante. Tudo mudou. Tanto que eu nunca imaginaria.

Se a mamãe tivesse que voltar ao trabalho antigo muito provavelmente pediria um tempo, reduziria a carga ou mudaria alguma coisa para poder ficar em casa com você. Talvez por isso a força oculta lá de cima (um dia a gente conversa sobre isso!) tenha escolhido esse momento para me dar a vaga pela qual tanto esperei. Para que a mamãe não desistisse, porque trabalhar é importante para ela, ainda mais no que ela gosta pela primeira vez nesses quase seis anos no Planalto Central.

Vai ser difícil, eu sei. Sei que vou me culpar e achar que estou em eterna falta com você. Mas é preciso, porque voltar depois que muito tempo se passou é pior ainda. 

A mamãe vai trabalhar, mas por sorte teremos todas as noites, todos os sábados, domingos, feriados e pontos facultativos do GDF para curtir juntos. Um dia você vai entender que nem todos os médicos tem esses direitos... E vamos brincar, passear, rolar no chão com as cachorras, comer acerola no pé, mexer na terra, tirar fotos e dormir juntos de tarde com o papai.

Você, filho, é dono do maior amor que eu já senti na vida, e isso nunca mudará mesmo enquanto eu estiver lá cuidando dos menininhos que sangram. 
O dia de amanhã será longo, talvez menos do que esses em que eu só fazia esperar a hora de te buscar enquanto você se acostumava com as tias do berçário. Mas a tarde vai chegar e a gente se encontra de novo.

TE AMO mais do que qualquer coisa nessa vida.
Torça por mim, pois certamente você estará bem melhor do que eu amanhã.

Boa noite, filho. Até daqui a pouco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário