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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quanto come um bebê de 8 meses?

(Para ver a lista completa dos posts sobre alimentação e sugestões de papinhas clique aqui)

Lembram da minha recente consulta com o Dr. Google?
Na ocasião, eu estava assustada com o potão de papinha do berçário e queria saber a quantidade de papinha ideal e/ou esperada para um bebê de 6 meses. Acabei achando, como sempre, palpites aleatórios dos mais diversos, medidas de quantidade estranhas e fiquei mais na dúvida ainda.

Esse post tem por objetivo atualizar o valor conforme o Vinny vai crescendo, para o caso de alguma mãe confusa como eu estar buscando um dado objetivo para ficar tranquila em relação à alimentação do seu filhote.

Então, meu filho já tem 8 meses e meio e uma refeição normal dele (sim, eu medi!!) tem de 200 a 230 ml. Esse valor é o que ele aceita efetivamente de papa espessa, já desconsiderados eventuais restos no pratinho, mas não as perdas no babador, nas mãos, no nariz, nas orelhas... porque eu deixo ele fazer meleca mesmo. A medida em "potinhos da Nestlé"? Não sei, e tenho raiva de quem sabe!!

O valor de 230 ml é o limite aceitável do potinho laranja (o médio) daquele conjunto de potinhos da Munchkin que cada dia eu amo mais. Não recebo nem 1 real pelo elogio, ok?

Pois é, outro dia o potinho azul era o suficiente, hoje já estamos com o laranja cheio. Para mim, é evolução satisfatória.





12 comentários:

  1. Olá, Juliana! Mais uma vez vim te perturbar. Desta vez com um assunto mais "cabeludo". Sinta-se a vontade para não me responder se não achar que deve!
    Bom, o Antonio só nascerá no final de março. E eu tenho lido muito sobre parto normal. Tenho ficado cada vez mais com medo da cesárea, da violência obstétrica durante este procedimento e com os procedimentos pelos quais o bebê passa após ser retirado da barriga.
    Falei com minha médica que queria tentar o normal. Perguntei sobre a necessidade de certos procedimentos (episiotomia, tricotomia, manobras de Kristeller, indução). Ela me disse que são todos obrigatórios. Não gostei da resposta e na hora deu vontade de trocar de médica!
    Queria saber de você, como profissional de saúde, se esses procedimentos são nosso direito ou não de escolha. Se escolhermos não fazê-los é um risco ao procedimento do parto normal (do seu ponto de vista como médica). E se você acha, que se já comecei a não me entender bem com a médica durante uma escolha tão importante, se eu deveria trocar de profissional.
    Ah, minha médica diz que se for normal, ela não deixará meu marido ver, e como o Antonio está previsto para nascer no feriado de páscoa, é possível que a equipe dela não esteja presente na minha cidade...
    Queria sua opinião como mãe, mulher e médica. Se não quiser responder, não precisa, pois nao sei se responder a isso também possa ferir alguma ética profissional.
    Entenderei qualquer que seja sua posição!
    Bjo, Rebeca.

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  2. Rebeca, não tem perturbação nenhuma!!
    Vou te responder em itens, talvez meio fora de ordem...
    1) Para mim o mais importante: você tem direito a um acompanhante em pré-parto, parto e puerpério. Seja marido, mãe, doula, irmã... Mas é um direito. Falar que na cesárea ela permitiria um acompanhante e no vaginal não está errado e para mim parece pressão pela cesárea. Cada vez queremos mais a participação do pai nos processos referentes aos bebês, não permita que o privem de estar com vocês nesse momento!!! NUNCA!!! A médica pode não permitir que ele fique na área de operação, mas que ele permaneça ao seu lado não.

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    1. 2) Acho que há muito radicalismo nessa questão da "violência obstétrica", principalmente aqui na internet. Cuidado com isso. Você leu um post onde cito um texto sobre isso? Obstetras não são inimigos das mulheres como pintam por aí... pelo contrário!!
      Ninguém faz um fórceps porque quer. Isso não facilita a vida do médico. Pelo contrário, dificulta.
      O mesmo em relação à episiotomia. Suturar uma episiotomia é chato demais... Episiotomias não são obrigatórias. Mães com quadris largos e bebês de tamanho normal (3 kg e pouco) podem parir sem elas. Mas o médico não pode te garantir que não vai fazer. Porque no momento do parto pode ser necessário. E te garanto que é muito melhor uma episio feita com critério que uma laceração grave de vagina ou um bebê anoxiado porque ficou preso no canal.
      Cuidado com radicalismos e prioridades que não são exatamente suas.
      Minha prioridade, na minha gravidez, era um filho saudável. Ponto. Tenho um problema de coagulação e uma professora de anestesia uma vez disse que eu tinha indicação de cesárea com anestesia geral. Chorei, sofri e me conformei. No fim não precisei, ufa! Mas se fosse preciso e isso fosse o melhor para mim e para o meu filho (desde que eu confiasse nos médicos, claro) eu faria. Porque o objetivo final era o Vinny e não o meu momento glamouroso.

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    2. 3) O clister também não é mais obrigatório, e isso tem é tempo. Quando passei na obstetrícia em 2002 já não era feito lá na Unicamp. Às vezes, no final do trabalho de parto, já em posição e fazendo força, as mulheres fazem cocô. Isso é bem frequente até, mas o médico limpa e está tudo bem. O clister evitava esse "momento eca". Mas não é mais obrigatório.

      4) Pediatra também não é inimigo. Nem sádico. Só quem já viu uma conjuntivite gonocóccica sabe a importância do credê. É fácil ser contra um coisa quando você nem sabe o que acontece na ausência dela... Numa cesárea ser rotura prévia de bolsa eu não faço. Mas num parto vaginal, se fosse meu filho, eu faria.
      O mesmo sobre aspiração. Não é obrigatória. O Vinny não foi aspirado. Ah... legal, né? Aí já no quarto, não queria mamar, ficou todo nauseado, a glicemia no limite. Juro que eu quis pegar eu mesmo uma seringa e sonda e aspirá-lo. Tive que esperar ele vomitar. Às vezes os procedimentos tem indicação, PARA O BEM DE VOCÉS. É isso que quero que você entenda. Mas para isso, confiar no médico é fundamental...

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    3. 5) Indução não é obrigatória e isso não pode ser definido antes do trabalho de parto ter começado (e estacionado!). Ponto final.
      6) Esse "direito de escolha" não é tão radical como pregam as xiitas do parto humanizado. O mais humanitário dos obstetras, se estiver diante de uma cabeça que não desce e um bebê monitorado com sinais reais de sofrimento, vai fazer uma episio e um fórceps porque acima de tudo ele está ali para garantir saúde à mãe E ao bebê, independente dos sonhos românticos daquela mãe. Partos vaginais às vezes complicam. Ainda bem que são poucas. Mais uma vez repito: para isso, você precisa confiar no médico.
      7) Em geral, para os pediatras os partos vaginais são melhores. Na gravidez a termo, o trabalho de parto indica que o bebê está pronto e dá uma preparada hormonal nele para nascer espertão e respirando bem. Se o trabalho de parto evolui bem, são bebês que raramente complicam muito.

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    4. 8) Agora outro ponto importante: a confiança no médico. Se ela não existir, você está perdida. Nem me passa pela cabeça te aconselhar a trocar de médico faltando pouco mais de um mês para o Antonio nascer. Mas eu tive uma assistência ótima e se ele me indicasse a tal cesárea com anestesia geral eu aceitaria tendo CERTEZA ABSOLUTA de que era a melhor escolha naquele momento. Isso faz TODA A DIFERENçA.
      Aqui pelos blogs há uma série de mulheres loucas que passarão a vida toda lamentando uma cesárea que elas acreditam ter sido mal indicada, muitas vezes por influência das idéias de outras loucas. Loucas sim, porque ficam aqui na internet lamentando umas com as outras a cesárea cicatrizada. Vão viver, oras!!
      Claro que tem médico indicando cesáreas de forma equivocada por aí... Claro que tem. Mas não são todos e não podemos fazer essa generalização nunca.
      Pelo seu relato, me senti induzida a pensar que sua médica está tentando te empurrar uma cesárea. Até por conta dessa possível ausência na Páscoa. Mas será que eu não estou sendo influenciada por você, e você pelas malucas que sofrem pela cesárea alheia? Só você pode responder isso...
      Mas se você avaliar que realmente não confia nela, está mais do que na hora de buscar uma segunda opinião, se possível com a indicação de alguém. É um direito seu.

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    5. AGORA O MEU RELATO PESSOAL.
      O Vinicius nasceu no Sábado de Aleluia, véspera do domingo de Páscoa, com 38 semanas e 4 dias. A data provável era 10 dias depois. Eu tinha uma cesárea agendada para a segunda feira, por conta da minha coagulopatia hereditária. Meu médico já havia se ausentado uma vez, mas me deixou com o celular de outra médica assistente dele caso eu precisasse de atendimento. Nesse feriado ele avisou que estaria fora da cidade, mas alcançável.
      No sábado eu entrei em trabalho de parto. Liguei para ele e em duas horas ele estava comigo no hospital.
      Meu filho nasceu de cesárea, meu marido criou coragem no último minuto e assistiu a tudo. Foi muito legal pois criamos uma ótima relação com meu obstetra durante o pré Natal. Me senti segura do começo ao fim.
      O meu filho recebeu credê. Não foi aspirado, mas depois ficou nauseando e por isso no final eu preferia que tivesse sido. Ficou tendo a glicemia monitorada porque a pediatra achou pertinente (peso de 3900g) e eu, embora discordasse em parte, aceitei o excesso de zelo. Nem me lembro o nome dela. Minha relação de confiança era com o obstetra e com o Vinny eu sabia o que fazer.
      Tive um hematoma de parede abdominal HORROROSO, sangrei muito e senti dor demais. Mas violência obstétrica? Não tentem me vender isso porque aqui não cola! Se eu engravidar de novo em Brasilia, certamente procuro o mesmo médico e oriento a quem perguntar a fazer o mesmo.
      Não sou menos mãe porque fiz um cesárea. E vou te dizer, isso só tem importância antes. Porque depois, com seu filho no colo, são tantas lembranças boas pra viver que não faz a menor diferença. O meu "plano" era, se fosse pra ser uma cesárea, que eu tivesse o direito de entrar em trabalho de parto antes, para saber que ele estava pronto. Não me faltou absolutamente nada.
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      Perceba que a relação de confiança com o meu obstetra foi fundamental para a minha segurança nas escolhas e em tudo o que passei. Reflita mais sobre isso. Confiança a gente tem ou não. Se não tiver mesmo, corra que ainda dá tempo.

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  3. Puxa, Juliana, um zilhão de vezes obrigada pela resposta.
    Deixa eu te esclarecer alguns pontos:
    1) Confio na minha médica. Ela tem me dado uma assistência impecável durante o pré-natal. Além disso, é amiga da minha mãe e das minhas tias. Minha questão com ela não é a confiança, mas fiquei brava por ela, de certa forma, querer me empurrar uma cesárea sem nem perguntar o que eu prefiro. Ficaria muito insegura em ter que procurar outro médico a esta altura. Na próxima consulta irei conversar melhor com ela e me desarmar um pouco.
    2) Em nenhum momento pensei na glamurização do parto normal, até pq eu sou prática e glamurizar não é comigo rsrs. Dos relatos que li pela blogosfera, o que mais me deixou preocupada foi com o fato de uma cesárea ser algo com "hora marcada", sem respeitar a hora do bebê. E eu QUERO MUITO que o Antonio venha quando ELE quiser. Mas claro, se isso não representar risco a nós dois. Minha prioridade sempre foi ele.
    3) Mais uma vez obrigada pelo relato racional. Acho que fui acumulando muito das loucuras que li na internet (concordo plenamente com o que você falou sobre as loucas) sem ter nenhum parâmetro de comparação e sem ter nenhum conhecimento sobre o assunto.
    4) Não acho que médicos sejam inimigos de pacientes e nem sádicos. Pelo contrário, sou muito crédula na medicina. Tenho medo só dos maus profissionais, e minha médica, nem de longe é um deles. Ela é ótima.

    (continua...)

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  4. Como te falei, vou ser mãe pela primeira vez. Antes do meu aborto, nunca, nunca mesmo havia pensado em ser mãe. Após ele, essa vontade apareceu e se tornou gritante! Por causa de nunca ter pensado em ser mãe, nunca havia me interessado sobre o assunto.
    Apesar de ter estudado, feito mestrado e doutorado (na área de exatas), me considero muito desinformada sobre o assunto "maternidade".

    Tudo o que você me falou tem a exata carga de racionalidade que eu esperava de uma conversa. Conversa essa que eu não sentia segurança para ter com um médico, pois nenhum teve tanta paciência em me explicar tantas coisas.

    Obrigada por me fazer enxergar como as coisas são de fato. A gravidez tem me deixado muito emotiva e pouco racional. Não que isso seja ruim. Mas por ter tão pouca carga de informação sobre o assunto, tendo a ir acumulando tudo o que leio sem um filtro racional. E assim me encho de medos.

    Vou refletir sobre tudo o que você falou. Mas uma coisa eu continuo tendo certeza de que quero: que o Antônio escolha quando ele quer nascer. Acho que essa é a ordem natural das coisas.

    Mais uma vez obrigada pela aula, pela paciência, pela clareza e pela racionalidade. Eu nem te conheço, mas gosto muito de conversar contigo. Acho que hoje eu vou dormir muito melhor e mais leve!

    =)

    Bjo,
    Rebeca




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    1. Que bom poder te ajudar um pouco nesse momento. Não sei onde você mora, mas se não for num lugar muito sem assistência, nada impede que caso o Antônio queira MUITO nascer na data prevista NO LIVRO, você possa ser bem assistida no parto por outro profissional. Parto normal qualquer um faz, assistência pré-Natal de qualidade não.

      Converse direito com a sua médica, mas sem essa carga de horrores que vendem por aí.

      Quem sobreviveu ao parto/cesárea sem traumas e está vivendo não tem tempo pra ir lá avisar essas coitadas que elas são umas malucas frustradas que invalidam o que viveram por conta de experiências romantizadas que nem sabem se teriam de fato acontecido.

      Me mande seu e-mail (buzzinaro@gmail.com), quem sabe a gente ainda conversa...

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  5. Adorei seu blog e principalmente este post. Meu pequeno já está com 7 meses e 10 dias e anda comendo perto de 180 ml de papa salgada (almoço e janta). Tem dia que vai mais, tem dia que vai menos, e aqui é como aí, não contabilizo as meleca, porque aqui ele é liberado para melecar, normalmente deixo mais livre na janta, pois depois ele vai tomar banho e facilita para mim!.
    Você saberia dizer se a fruta/papinha doce obedece essa mesma quantidade? É que eu sempre dou uma fruta e depois complemento com peito, dai fico curiosa para saber se valem 180 ml também!

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    1. Oi...
      Ops... Ficou faltando seu nome lá no "sobre" do seu blog!!
      Acho que está ótimo e essa coisa do "tem dia que vai mais outro que vai menos" é o caminho certo. Aqui somos todos gordinhos (exceto o Vinny!!) e tudo que quero é que ele saiba aprender a identificar sua saciedade... E é esse o caminho.
      Fruta o Vinny anda comendo menos que esse volume de 200/210 (mas já comeu isso também!!). Devagar eles vão concentrando as calorias no café, almoço e jantar... Acho que com o peito e fruta não tem como não ser suficiente!
      Obrigada pela visita e pelos elogios!

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