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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Avaliação: copos de treinamento NUK

(Clique aqui para ver a lista de produtos já testados)

Depois da minha experiência frustrante com os copos de treinamento da Philips Avent dei uma investigada nos copos das crianças da escolinha e gostei dos copos da NUK. Os motivos principais: as alças, removíveis, fixam-se na base do copo através de um anel, de forma totalmente independente do bico flexível e a rosca não abre com um quarto de volta ("grande" idéia da Avent). Em resumo: nada de banhos de água e suco!!!

O bico anti vazamento é bem flexível e peça única, sem membranas como os da Avent ou válvula como os da MAM, o que o torna muito fácil de limpar.



Esses copos da foto o Vinny levava para o berçário e usou até gastarem, literalmente, de tanto lavar. Quando ele parou de segurar pelas alças eu deixei sem e ele ainda usou os copos por um tempo.

Então me empolguei e comprei esse maior aqui embaixo... Lindão, mas sem régua em mL para medir o volume. Tudo bem, afinal eu não era mais a Loka da mamadeira milimetrada. Foi quando descobri a desvantagem.

Tantos os copos menores quanto esse maior são vendidos com bicos flexíveis anti vazamento, de silicone, mesmo material dos bicos de mamadeira. Só que a criança, lá por um ano, é uma mordedora compulsiva. O Vinny passou a DESTRUIR os bicos. Os furos rasgavam, o fluxo ficava enorme e ele engasgava. Nunca encontrei bicos rígidos para esses copos. Comprei bicos novos, que duraram uma semana. Então fui obrigada a trocar os copos, de novo.



Bonitinhos? SIM
Variedade de cores? SIM, o Vinny chegou a ter até um preto de uma "edição especial limitada", que saiu nas cores preto e branco. Isso é tão importante para quem precisa deixar no berçário...
Alças? SIM. Removíveis, o que é uma grande vantagem.
Graduação de volume? SIM para os menores e transparentes. NÃO para o maior e colorido (o que está sozinho na foto).
Sistema anti-vazamento? SIM. Não vaza mesmo.
Controle de Fluxo? SIM, no próprio bico. Peça única (outra vantagem!)
Desvantagem: não possui opção de bico rígido.
Fácil de limpar? SIM. Muito fácil.
Todas as peças podem ser fervidas? SIM.
Compraria de novo? SIM.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Desculpa aí, dona Nestlé.

Faz um tempo que tirei essa foto, que ficou guardada no celular como um lembrete esperando que eu tivesse tempo para escrever.


Lembram que eu adoro cozinhar papas salgadas e inclusive postei várias delas aqui no blog?!
Pois é, quando o Vinny tinha oito meses, em dezembro de 2012, achei que era bom fazer um teste. Embora eu não indique essas papinhas industrializadas como alimentação no dia-a-dia, sempre é bom ter uma opção para passeios ou viagens longas em que a conservação de uma comida caseira possa ficar prejudicada.

Resolvi testar se meu filho almoçaria uma papinha da Nestlé.

"HO - De Hortaliças Com Peito de Frango", essa papinha da foto aqui em baixo, foi a minha escolha.



Escrevo para contar que essa foi a primeira refeição salgada que o Vinny RECUSOU, e fazendo careta. Experimentei e achei bem ruim mesmo... Troquei pela minha caseira e ele almoçou super bem.

Tudo bem que isso acabou me trazendo uma certa dificuldade de mobilidade e seleção de passeios. Quem lê meus posts sabe que sou meio xiita com a alimentação dele, não troco refeições salgadas por doces e mil outras coisas que tem (sogra) gente que chama de frescura, então sempre precisava de uma geladeira ou sacola térmica, pratinho, microondas disponível e toda a tralha envolvida no processo... Mas que é um orgulho para uma mãe que cozinha o filho recusar com força uma papinha dessas, isso é!! 

P.S: Testei outros sabores salgados depois e ele não aceitou direito NENHUM da Fase 1. Hoje aceita (meio frustrado) dois sabores da Fase 2 às raras vezes em que ofereço. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dica de presente: Xilofone

(Veja aqui outras sugestões de compras e presentes)

Não sei quanto a vocês, mas meu filho adora todo e qualquer instrumento musical!! O Vinny troca qualquer Fischer Price com suas mil luzes e sons eletrônicos por um pandeirinho de R$ 1,99. E se diverte muito!!

A dica de presente de hoje é um instrumento básico de uso infantil: o xilofone. Instrumento de percussão super simples, colorido e que não precisa de pilhas! Eu tive um quando criança, meu filho tem um e garanto que não existe bebê que não goste de um bom e velho xilofone.

Esse que comprei para o Vinny é da Elka. Sim, é a mesma marca daquela encrenca do Busunga - Ônibus Animado, de quem eu prometi que não comprarei mais nada, mas tenho a desculpa de que o xilofone eu comprei antes de conhecer o Busunga...


Ele tem formato de girafinha, as baquetas se encaixam na cabeça e as orelhas onduladas fazem som de reco-reco, embora sejam curtas demais para esse propósito.

Recentemente viajei e trouxe pra ele esse modelo de banho, da marca Alex Toys, comprado na Toys R Us. A base é de EVA que flutua, e o som que ele produz é melhor que o da Elka. Brasileiro sofre...



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Avaliação: Copos de Treinamento Phillips AVENT

(Clique aqui para ver a lista dos produtos já testados)

Gente... se tem um produto infantil que adoro comprar e testar são copos de transição!! 

Copos de transição são aqueles copos com bico, ou canudo, ou tampa que permite fluxo lateral, que servem para tirar a criança da mamadeira e ir treinando para passar um dia para os copos de verdade. Nós pediatras chamamos assim, mas eles são também chamados de copos de treinamento, copos de bico ou simplesmente copinhos.

As mamadeiras (hoje em dia a mamadeira única) que o Vinny usa são da Avent Philips e gosto muito delas. Fazendo o enxoval em Orlando, não pensei duas vezes em comprar esses copos de transição (baratérrimos lá) para uso após os 6 meses, com os bicos flexíveis (brancos). Sim, importei essas encrencas!!

A Avent fabrica também os copos para 12 meses ou mais, um pouco maiores e com bicos rígidos (verdes). Os bicos são intercambiáveis entre os modelos e são compatíveis inclusive com os aros das mamadeiras normais. Tantos os flexíveis quanto os rígidos tem membrana para controle do fluxo com função anti vazamento. As alças são removíveis, o que é um ponto positivo pois o Vinny há muito tempo não precisa delas.



São bonitinhos, moderninhos, uma graça, né? Pena que eu D-E-T-E-S-T-E-I e já passei para a frente!! 
Motivo: esses copos fizeram com que meu filho tomasse inúmeros banhos de suco!!!
A tampa abre e fecha com um quarto de volta, o que realmente é vantagem para as torneiras modernas, MAS NÃO PARA COPOS PARA BEBÊS!!! Quem faz esses projetos, meu povo?!

Demorei para entender como, mas o Vinny abria parcialmente os copos, não a ponto de a tampa sair, mas o suficiente para permitir o vazamento de todo o conteúdo, sobre o pescoço e camiseta dele!!!

No começo achei que o problema eram as alças. Removi as ditas e o problema diminuiu, mas continuava acontecendo. Na verdade, o que ocorria era que em plena fase de morder, ele mordia forte o bico e girava o copo. Meio quarto de volta e... SPLASH... Banho de suco!! As alças apenas facilitavam o serviço, mas ele rodava o copo mesmo sem elas. Troquei imediatamente.

ANALISANDO:

Bonitinhos? SIM
Variedade de cores? Já vi com bebês umas cinco cores, mas são bem difíceis de encontrar. Isso é tão importante para quem precisa deixar no berçário...
Alças? SIM. Removíveis, o que é uma grande vantagem.
Graduação de volume? SIM
Sistema anti-vazamento? SIM. O bico não vaza. As laterais em compensação...
Controle de Fluxo? SIM, uma membrana acoplada ao bico que se destaca para limpeza.
Fácil de limpar? MÉDIO. As membranas transparentes vivem sumindo aqui em casa.
Todas as peças podem ser fervidas? SIM
Compraria de novo? NÃO!!!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Avaliação: Leroy Merlin Taguatinga

(Quer ver a lista completa dos estabelecimentos já avalliados? Clique aqui)
 

Leroy Merlin - Loja Taguatinga
QS 3 - Rua 420. Taguatinga Sul - CEP 71953-100
Taguatinga/DF

 
Quem é a chata que vai analisar trocador de loja de material de construção?
 
Calma, não é por aí... É que por acaso precisei trocar o Vinny na loja da leroy Merlin de Taguatinga e fiquei surpresa por haver ali um espacinho bem adaptado para a função!!
 
Enquanto há restaurantes sem nenhum tipo de trocador como o Sushiloko de Taguatinga Norte, ou salões de festa com uma pedra dura e gelada e sequer um forro ou lençol descartável como o Espaço Villa Borghese, há lugares como o Aulus e essa loja da Leroy provando que é possível improvisar com pouca coisa e garantir que uma eventual mãe que apareça por ali com seu bebê se sentirá bem acolhida. #FicaADica para os comerciantes.
 
A Leroy disponibiliza trocador no banheiro feminino E no masculino. Gracinhas! Trata-se de um cantinho da bancada de granito, bem separado do resto, com altura e iluminação ótimos. Há um tapetinho de borracha sobre a pedra para isolar os pequenos da pedra fria. Eu carrego comigo um trocador bem legal da Jeep que vira uma bolsinha (aliás uma ótima compra!) que coloco sobre qualquer coisa, mas ele é fino demais para garantir conforto. Papel absorvente e lixeira disponíveis bem ao lado.
 
  
 
 
 
 
É pouco para um shopping ou restaurante ou qualquer lugar em que a circulação de bebês seja grande. Mas é mais do que suficiente para uma loja de material de construção. Por isso mereceu essa menção honrosa.

Parabéns para a Leroy Merlin - Loja de Taguatinga! As mães agradecem.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

O que não comprar: Busunga Ônibus Animado - Elka

(Esse é porcaria, quer saber o que comprar? Clique aqui)

Não só de boas compras vivem os pais, não é verdade?
O motivo do post de hoje é um brinquedo da marca Elka, chamado Busunga - o Ônibus Animado. Será o motivo da primeira "contra-dica" de presente!!

Vinny ganhou um desses de um amigo nosso, que deu com e melhor da intenções e obviamente não tinha como saber a real qualidade do produto.
Trata-se de um brinquedo de encaixe de formas geométricas vinculadas a janelinhas do "ônibus" que, encaixada a peça, deveriam se abrir e fazer o som do bichinho correspondente. O do Vinny era esse azul aqui da foto abaixo, mas pelo visto também existe a variação amarela.





Na primeira tentativa de fazer o brinquedo funcionar, ainda na casa dos nossos amigos, uma das janelinhas já não abriu. Tentei destravá-la e CLECKT, quebrei o negócio. Fiquei sem graça, disfarcei e ninguém notou. Guardamos.
No segundo dia, o Vinny nem tinha entendido direito como o brinquedo funcionava e CLECKT, mais uma janelinha quebrada.
No terceiro dia, com quase nenhum uso, o resultado era o da foto abaixo:



Todas as janelinhas quebraram ou soltaram, liberando pequenas partes de plástico e molinhas de metal. A única que restou, a do bichinho verde, estava já meio capenga e certamente quebraria se tentássemos fechá-la de novo.

Resultado... O Brinquedo foi direto para o lixo no terceiro dia.

Agora me digam: como é que uma empresa coloca à venda uma porcaria dessas? E não é brinquedo chinês de camelô não, ele é vendido em grandes varejistas de brinquedos!! Isso porque o Vinny tem 1 ano e 2 meses e nenhum comportamento destruidor... Quem quebrou foram a mãe e a avó tentando arrumá-lo para que ele pudesse brincar com as janelinhas que restavam. Uma droga.
Pensam que é baratinho? Numa rápida pesquisa, percebi que os preços pela internet variam de R$ 72,99 a R$ 51,90.

Fujam desse brinquedo!!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Dica de presente: Pequeno Engenheiro de Espuma

(Veja aqui outras sugestões de compras e presentes)


Quem se lembra daqueles conjuntos de bloquinhos em madeira "Brincando de Engenheiro" ou "Pequeno Engenheiro" tão comuns para as crianças dos anos 80?


O Vinny ganhou esse aqui do meu irmão (a.k.a. "Tio Dante"). Trata-se de um daqueles conjuntos, porém em tamanho gigante e... produzidos em espuma!!!
O "tio Dante" foi iniciado por mim nessa cultura de tentar fugir da óbvia Fischer Price. Conheceu essa loja em Campinas, a Castelinho, indicada por outro tio querido, o Julio.
Eu ainda não consegui ir até lá pessoalmente, e como a maioria das lojas de brinquedos educativos eles aparentemente não possuem site. Meu irmão foi e gostou muito do que viu.
 

Embora na embalagem ele seja indicado para maiores de 2 anos, não representa perigo algum para os menores e o Vinny adorou atirar longe os blocos coloridos, com a vantagem de que quando ele mira nas cachorras não corre o risco de machucá-las.

Super recomendado!


REFERÊNCIAS:
 
Castelinho Brinquedos Educativos
Rua Dr. Albano de Almeida Lima, 1089 - Jardim Chapadão
Campinas/SP
F: (19) 3242-4195

O conjunto também está à venda no site da Casa da Educação (não conheço, acabei de achar no Google, parece bem legal...) por 156,00 (meio caro, né?!)

Comprinhas úteis e sugestões de presentes.

( EM CONSTRUÇÃO)

# ALIMENTAÇÃO:

Conjunto de tigelas Munchkin

# SUGESTÕES DE PRESENTES:

Pequeno Engenheiro de Espuma
Star Plick, da Estrela.
Xilofone

# OUTRAS UTILIDADES:

Carrinho Voyage Funny
Termômetros de banho
Tummy Tub, ofurô ou simplesmente balde para banho.

# PARA OS CONSUMISTAS:

Kit Huggies com bolsa grátis! (Acho que já encerraram as vendas... que pena!!)

# NÃO COMPRE:
Busunga Ônibus Animado - Elka

# ONDE ENCONTRAR BRINQUEDOS EDUCATIVOS:

Abracabrinque Brinquedos Educativos
CLS 106, Bloco D, Loja 1 - Asa Sul
Brasília/DF
F: (61) 3242-4824

Centopéia Brinquedos
AOS 2 - Terraço Shopping - Octogonal, Cruzeiro
Brasília/DF
F: (61) 3233-3283

Casa da Educação (preços meio superfaturados, mas tem loja virtual!!)
Avenida Senador Vergueiro, 955 - Centro
São Bernardo do Campo/SP

Castelinho Brinquedos Educativos 
Rua Dr. Albano de Almeida Lima, 1089 - Jardim Chapadão
Campinas/SP
F: (19) 3242-4195

ABRINE - Associação Brasileira de Brinquedos Educativos

Avaliação: Aulus Videobar e Restaurante

(Veja aqui a lista dos estabelecimentos já avaliados)


Aulus Videobar & Restaurante
Av. Prof. Atílio Martini (aka Avenida 2), 939 - Cidade Universitária
Campinas/SP
F: (19) 3289-4453
www.aulus.com.br

Fazia tempo que eu não escrevia sobre trocadores, fraldários e afins. No entanto, recente temporada em Campinas me fez voltar a lugares que eu conhecia antes de ser mãe e começar a reparar neles.

O Aulus é um bar super tradicional em Campinas. Existe desde 1992: Nossa... 21 anos!! Já foi a balada do ano, já teve a fase de modinha e resiste bravamente à sucessão de gerações de frequentadores, o que não é coisa comum na cidade. Fica na Cidade Universitária, em Barão Geraldo, bem próximo à Unicamp onde eu e o marido estudamos. Voltei lá em maio para um estágio e fui recordar os lugares que frenquentava.

Confesso que nunca estive lá à noite, para ir ao "bar" propriamente dito. Eu era muito nova e não frequentava o distrito de Barão Geraldo, reduto de estudantes e pouco frequentado, na época, por jovens campineiros como eu. Mas durante a faculdade almoçava ali com certa frequência porque uma (ex amiga) colega de turma paquerava um dos filhos do proprietário.


O Aulus definitivamente não é frequentado por mães com bebês. Talvez apenas durante almoços em finais de semana. Estudantes, professores, funcionários... gente que deixou o bebê com alguém para ir à luta. E foi exatamente isso isso que me fez ter vontade de escrever.

Apesar de ser extremamente raro um bebê por ali, o Aulus considerou o apuro de uma eventual mãe que um dia precisasse trocar a fralda de seu filho no estabelecimento. 3527 pontos pra ele!!! Ali está, no banheiro feminino (não sei se há equivalente no masculino) um discreto trocador  dobrável, mas bem seguro. É do mesmo tipo dos que existem na nossa academia!

Olha ele aqui:



Agora gente... Fala sério... Será que é muito difícil?! #FicaaDica para lugares como o Sushiloko Taguatinga NorteSushiloko Águas Claras e a Churrascaria Vila Brasas: solução simples e que faz a mãe que nem precisou usar elogiar seu estabelecimento na internet ao invés de falar mal de vocês!!! Olhem as diversas opções disponíveis no site do fabricante: Koala Bear Care.

TROCADOR?
SIM. Não tem lenços ou outras firulas, mas pela frequência reduzida de bebês, é o que realmente precisava ter. O resto a gente leva na bolsa.

Merece a visita da sua família? 
SIM. O lugar é muito legal, bem decorado, com dois ferroramas no teto e trenzinhos circulando...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Obrigada escola pela calça imunda!

HAAAA!!!  
Lembram quando eu me revoltei contra as mães histéricas que reclamavam das roupas sujas na escola? Enfim chegou o meu dia de ser testada!!!

Primeiro, uma breve atualização... 

Lembram da escolinha do Vinny, escolhida por ter grama de verdade, sol, muito verde, um pé de acerola sempre carregado e coelhos?
Então, eles investiram um pouco mais na fauna local, construiram um viveiro maior e agora ali vivem dois patos, um pavão, dois galos, uma galinha solteira, um número variável de coelhos e o mais fofo... uma galinha com 6 pintinhos!!!





Eis que estava tudo transcorrendo quase na normalidade até que na semana passada tive uma surpresa... Recebi na bolsa do Vinny essa calça nesse estado:



Fiquei curiosa, procurei na agenda e li que naquele dia a turminha dele havia feito uma visita ao "senhor pavão", esse figura aqui:



Pensei: "Que bom, ele deve ter se divertido. Uma pena não poder acompanhar." Coloquei a calça de molho e fui dormir. 
No dia seguinte a coordenadora me contou o que realmente havia acontecido... A turminha foi mesmo ver o pavão. Ficaram todos sentadinhos observando. Exceto o Vinny, que numa iniciativa individual resolveu explorar o local e foi engatinhando pela grama/terra sozinho até a horta!! Gente, a horta fica na outra ponta do terreno. Para quem engatinha, é longe demais. Adorei.

Como eu havia formalizado uma reclamação na ocasião daquela histeria com as roupas sujas, pela privação do divertimento, escrevi um e-mail para a diretora, agradecendo (isso mesmo!) pela calça imunda: 

Numa semana que começou tão atropelada, precisava escrever para vocês.

Uma vez reclamei que não queria ver o Vinny privado de se sujar...

Escrevo para agradecer a grande lembrança que recebemos hoje.
Aparentemente nosso filho teve um dia de felicidade extrema hoje no EMI, que ficará eternamente documentado pela foto abaixo.
Obrigada por preservarem a essência da escola, que foi o que motivou nossa opção de deixar o Vinicius com vocês. Pena que não pudemos acompanhar um momento incrível desses.
O EMI é nossa pracinha de fim de tarde, e agora nosso mini zôo que ele faz questão de visitar diariamente. Era isso que eu queríamos para a infância do nosso filho. Muito obrigado.

Por favor transmita nosso agradecimento para a equipe do berçário.

Juliana, Walter e Vinicius.


É exatamente isso que a gente precisa fazer: parar de frescura e achar o máximo os nossos filhos se divertindo na nossa inevitável ausência. Que sorte a dele de poder se sujar e se esbaldar sem culpa nenhuma, sem preconceito e sem receios. 

E abaixo à histeria!!!

Atualização em 27/05/2015 : Agora que já estamos bem longe de Brasília, posso deixar claro o nome da escola, Espaço Multi Integral, na Saída de águas Claras pelo Park Way.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cake Smash!

Gente, ele fez um ano! Estou impressionada com como tudo passou tão rápido...
Bem, antes mesmo do Vinny nascer eu e o marido já concordávamos num ponto: nada de festinha de um ano. Não faz muito o nosso perfil essas festas cada vez mais megalomaníacas em que o aniversariante mal compreende o que está acontecendo, fica cansado, se irrita com fotógrafos... OK, só estou vendo o lado ruim, tem as memórias e tal... Mas sou assim mesmo, nas poucas em que fui é isso que vejo: consumismo exagerado e exposição excessiva de uma criança que ainda não compreendeu o sentido daquilo tudo.

Então lembrei de um ensaio fotográfico que vi em algum lugar por aí. Coisa de "americanos fúteis e imperialistas" (que meu amigos Julio e Thiaguinho não leiam!!), mas que fica muito legal: o Cake Smash.

Dei uma pesquisada na Internet. Achei muita coisa feita em estúdio (exemplos: HaleyJamesonSohaAbagail) e bem pouca ao ar livre ou ao menos com luz natural (exemplos: MariaMarianaEnzoColton, Layla, Baby BKyler). Claaaro que eu preferiria a luz natural... Já existem alguns ensaios brasileiros no Google, na minha opinião superando em muito os gringos nos quesitos bom gosto e delicadeza. 

Descobri que os americanos tem até docerias que produzem bolos especiais para esse tipo de evento, com muita cobertura da mais melequenta possível. Algumas pessoas fazem com cupcakes, creio que por preguiça de limpar a sujeira. Tem quem deixe o bebê só de fralda, creio que pelo mesmo motivo. Outras colocam um babador na criança. Oi? Prefiro nem comentar.

Eu vi muitas fotos e conversei com um pai fotógrafo da escola. Resovi que ia fazer ao ar livre, SE o clima permitisse. A roupa? Uma em que ele ficasse lindão e não se misturasse nas fotos com a grama ou a cor do bolo.

Mas... Faltava escolher o bolo!!

Os de pasta americana são fotogênicos, mas além de eu detestar por achar que sempre parecem maquetes, o efeito nas fotos seria um lixo. O bolo precisava ter uma cobertura melecosa e ser fácil de destruir. Chocolate eu não queria. O Vinny come o mínimo possível de açúcar (afinal não existe bolacha maizena sem açucar!!) e o xiitismo me impediria de colocar chocolate nem que fosse para essa brincadeira. Comprar um bolo de padaria não dava afinal não dá para saber com precisão a composição deles!

Pensei então em fazer o bolo eu mesma, com uma cobertura mesclada que na verdade é a única bonitinha e sem chocolate que eu saberia fazer sem medo de errar. Se eu tenho medo de não ter tempo de fazer um bolo, imaginem errar tudo e ter que fazer dois!!!

Claro que se eu soubesse previamente que ele não demonstraria qualquer interesse em comer o bolo a história seria outra...

Eis que no meio do meu dilema cai do céu um anúncio num grupo de comércio informal entre mães de que participo no Facebook. O anúncio era da Lyla, da Le Petit Polá , que faz bolos (aqui chamados de tortas) tradicionais e tem uma linha de bolos decorados, literalmente "pintados à mão", lindos...
A Lyla é um amor de pessoa, super atenciosa. Expliquei de imediato o que eu faria com a obra de arte dela. Surpresa: ela também fotografa e me deu várias dicas. Ela sugeriu um bolo de pão de ló branco com recheio de baunilha, 100% caseiro, o mais básico e hipoalergênico possível para um bebê se lambuzar. Explicou que a cobertura ressecaria e perderia o brilho se eu pegasse o bolo na véspera, o que era minha idéia inicial. Foi ela mesma que sugeriu o local para as fotos, o Pontão do Lago Sul, que é perto da casa dela. O "Pontão" é um ponto turístico famoso que não era meu plano original, mas foi um lindo cenário para o ensaio. Eu pegaria o bolo cedo na casa dela e correria pra lá para fazer as fotos. 

Escolhi como o tema o Woody pois decoramos o quarto do Vinny com o tema Toy Story e o Woody aparece na placa de entrada, interruptores, abajour, plafon no teto, adesivos no guarda roupa, porta-retrato com foto do Woody da Disney... Ufa! A Lyla disse que daria pra fazer e eu mandei uma figura que encontrei no Google. O resultado foi esse:



Que artista essa Lyla, gente!!! O bolo ficou no tamanho exato, com cara de bolo feito com carinho, e o Woody perfeitinho! Amamos!!

E tem foto do bolo no blog da Lyla gente!!

A grande graça é que a interação entre a criança e o bolo é sempre uma surpresa.

Tenho por regra não postar fotos do meu filho por inteiro aqui (não entendeu? Clique aqui e depois aqui), então vocês terão de se contentar somente com uns pedacinhos de umas fotos, ok?


Ele demorou pra entender que aquele bolo era dele e poderia fazer o que bem entendesse e no começo preferiu descobrir o ambiente engatinhando para todos os lados (e o pai atrás mudando o bolo de lugar). Mas logo parou pra ver de que se tratava e foi uma meleca geral. No final ainda foi me dar um abracinho todo melado, uma delícia.


Limpamos tudo antes de ir embora, tiramos o excesso de bolo dele no banheiro infantil, trocamos a roupa dele e voltamos para casa.

As fotos ficaram lindas, o cenário e o clima ajudaram muito. Teremos um belo álbum para recordar o primeiro aniversário em família!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Papa de Manga, Pêra e Aveia

(para ver a lista completa dos posts sobre alimentação complementar, com outras sugestões de papas, clique aqui)

INGREDIENTES:
Pêra (madura, quase desmanchando)
Manga (usei a Tommy, bem madura)
Farinha de aveia

Primeiro fiz um creme batendo a manga no liquidificador com um pouquinho (mínimo, porque a pêra já solta água) de água filtrada.

Com o creme de manga pronto, amassei a pêra. A ordem precisa ser essa ou a pêra escurece.



 

Com a pêra amassada, adicione o creme de manga.



Por fim, coloque um pouco de aveia. Estou usando a farinha ainda porque tinha uma caixa em casa, mas o Vinny já come a aveia em flocos (eu pulei da farinha para os flocos, sem passar pela "em flocos finos")


 
Depois é só misturar bem e servir imediatamente.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O lanche coletivo da escolinha e os exemplos.

Sei que estou atrasada com os posts mas isso é o melhor que consigo fazer no momento, e vou me perdoar por isso desde já. Juro que sou melhor em preparar lanches para a escola que em fazer um blog!!

Pois é...
Como vocês já devem saber matriculamos o Vinny numa escolinha com uma proposta mais natural, com horta, cozinha experimental, coelhos, pé de acerola, grama pra pisar, essas coisas de quem estudou na Escola Comunitária de Campinas.

Então chegou o fim do ano e fomos convidados para uma reunião de encerramento, quando haveria uma apresentação de Natal (Afe! Mico do ano!!) e seriam apresentados os portfólios das crianças. O convite, colado da agenda, avisava que no final seria servido um lanche coletivo em que cada casal traria um prato de livre escolha e a escola serviria bebidas.

Quem vem da ECC sabe muito bem o que é um "lanche coletivo": as crianças esperam toda a sorte de guloseimas, mas o que ocorre é um desfile de pratos muito, mas muito saudáveis...

A reunião seria numa quinta ao final da tarde, depois do meu período de trabalho que dura o dia todo. Então fiquei paranóica tentando criar algo para levar que fosse prático mas não desse mal exemplo. Fui a um mercado e nada me agradou. Acabei no Oba (que sempre me salva!) e encontrei alguma coisa mais na linha do que eu pretendia.

Comprei uma baguete integral (7 grãos), um pacote de mini pães sírios integrais, outro de torradinhas integrais, bolachas "Club Social" também integrais e uma pastinha de tomate seco e salsa, fabricada pelo próprio Oba, além de uns copos descartáveis transparentes com tampa, faquinhas de plástico e um prato de papelão. Em casa fiz mais duas pastinhas, uma de atum e outra de alho poró pra montar o prato abaixo:

  
Fatiei a baquete, abri os pãezinhos no meio e levei em saquinhos separados para montar o prato todo lá na escola. Não me deu trabalho quase nenhum e achei bem adequado para um lanche às 18:00. Mas confesso que fui para a escola com medinho de passar vergonha por tamanha improvisação do prato.

Chegando lá todos entregamos os pratos para que as funcionárias arrumassem a mesa. Uma mãe chegou atrasada envolvida na produção de um bolão de cenoura lindo com cara de bolo de vó. "Como sou relaxada", pensei eu...

Então as cerimônias acabaram e chegou a hora do lanche. A escola deu seu exemplo, servindo apenas sucos naturais deliciosos, embora estivessem açucarados demais.
Na mesa, se além do meu prato e do bolo de cenoura da moça existissem mais dois itens feitos (mesmo que em parte) em casa, era muito! Panetones, salgadinhos, bolachas, doces e bolos dos mais diversos, das rudimentares padarias do bairro, que as pessoas nem se quer se deram ao trabalho de tirar das bandejas de isopor originais só para dar um certo charme à apresentação. Até brigadeiro da padaria tinha, juro.

Meu resumo do que me pareceu o pensamento geral da galera: "a escola tem obrigação contratual de servir comida saudável ao meu filho, selecionada por nutricionista, mas eu não tenho obrigação nenhuma de dar bom exemplo". Esse pensamento infelizmente se aplica a tantos outros aspectos da vida diária... Que pena.

Se meu prato fez sucesso? Claro que não!!! A grande maioria nem olhou pra ele. Ainda teve uma que usou a faquinha que eu levei para cortar um dos bolos glaceados melequentos!! Sem problemas.

De repente uma aglomeração ao redor das minha pastinhas. Fui lá me servir e escutei alguém elogiando, uma falando para a outra qual era o melhor pão e a pastinha que não podia deixar de ser provada. Era uma rodinha formada pelas cuidadoras do Vinny, que estavam lanchando conosco e acabaram comendo quase tudo. Ufa! Ponto para mim e para elas. Todo mundo que tinha que dar exemplo para o meu filho estava ali.  

Atualização em 27/05/2015 : Agora que já estamos bem longe de Brasília, posso deixar claro o nome da escola, Espaço Multi Integral, na Saída de águas Claras pelo Park Way.

domingo, 31 de março de 2013

O meu "sistema das três fraldas".

Antes do Vinicius nascer, organizei um Chá de Fraldas em casa e fizeram outro no meu trabalho. Acabei tendo em casa um total de mais de 2600 fraldas, que organizei numa planilha de Excel. Louca eu? Não. É que não sou muito organizada, então fiquei com medo de perder o controle e quando o Vinny tivesse lá seus 10 kg eu encontrar um pacote de fraldas P esquecido embaixo da cama.
 
A grande maioria dos pacotes era das marcas que eu pedi (Mônica e Pampers) e suas subdivisões, como a Pampers Dia e Noite (atual Premium Care), Pampers Supersec, entre outras. Mas algumas eram de marcas que não me foram recomendadas. E acabei descobrindo que mesmo nas marcas que pedi a qualidade poderia variar bastante. 
 
Como não tenho o menor perfil de quem vai correr atrás de farmácias para implorar para trocar fraldas que não comprei, tentei organizar o consumo delas para adaptar suas qualidades/defeitos ao esquema aqui de casa. E deu certinho. Não troquei nenhum pacote, avaliei o melhor e pior de cada uma e otimizei o consumo de acordo com a rotina do Vinny.
 
Classifiquei as fraldas em três categorias de qualidade, que vou tentar explicar aqui:
 
A - NOTURNAS ou SUPERFRALDAS
 
São as fraldas com maior absorção, as preferidas para usar durante a noite, quando o período entre as trocas é maior. Custam quase um real a unidade nos grandes mercados. Entraram nessa categoria a Turma da Mônica Soft Touch Max (que ainda é na minha opinião a melhor de todas), a Turma da Mônica "Conforto Dia e Noite" e a Pampers "Premium Care", além das especiais para os RN: Pampers Recém Nascido e Turma da Mônica Recém Nascido Soft Touch.
 
B - DIURNAS ou COMUNS
 
Fraldas de absorção intermediária, utilizo mais durante o dia. São dessa categoria as fraldas Turma da Mônica Tripla Proteção e as Pampers Total Confort. As Pampers Supersec da versão nova talvez possam ser promovidas para cá, ainda estou na dúvida.
 
C - TOSQUINHAS
 
As piores fraldas, mais simples, reservadas para os momentos em que o Vinny faz cocô rotineiramente e o tempo de utilização da fralda é realmente muito curto. Assim usei todas as fraldas que ganhei sem prejudicar o bumbum do meu filho. Foram classificadas como "C" a Pampers Supersec, as Looney Tunes, as famosas Baby Mania e as terríveis Equate do WalMart.
 
Na figura abaixo organizei didadicamente as fraldas na ordem A-B-C. Na primeira pilha a Soft Touch da Mônica, na segunda a Mônica Tripla Proteção e na terceira o lixo das Equate. Na prática as duas últimas ficavam no bolsão do trocador.


Parece uma maluquice, mas organizar esse montão de fraldas antes de estar na correria com seu bebê (e sem babá!) pode facilitar muito a sua vida. Fica a dica.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Acidentes por ingestão cáustica: precisamos conversar sobre isso.


Após a minha postagem sobre crianças esquecidas em carros, a Roberta do "MMQD" sugeriu uma pequena sequência sobre acidentes domésticos e o tema desse segundo post é outra sugestão dela.
Demorei (mais do que devia) para escrever, mas finalmente saiu.
 
 
Ingestão Cáustica

A ingestão cáustica é um acidente doméstico relativamente frequente nas emergências de Pediatria. O HC de Uberlândia/MG registrou, em 2010, 37 ocorrências do tipo envolvendo crianças, sendo 13 delas graves.
 
Para sorte dos pequenos, a maioria desses acidentes é de pouca gravidade, quando a criança interrompe imediatamente o processo ao ter contato com o produto na boca, resultando apenas em queimadura local. No contexto das ingestões cáusticas o acidente é chamado de "leve", embora esse tipo de queimadura possa ser bem grave, dependendo da área acometida.
Apesar de não deixar sequelas, qualquer contato de pele e mucosas com substâncias cáusticas, mesmo em pequenas quantidades, pode levar a irritação local e ardência importante, dor intensa, lacrimejamento, salivação excessiva e dificuldade para deglutir.
 
Infelizmente um número ainda significativo dos acidentes é do tipo grave, podendo causar sequelas para a vida toda e inclusive levar à morte por perfuração do esôfago e suas complicações.
Os acidentes mais severos são os ocasionados pela ingestão da soda cáustica pura, utilizada por algumas famílias para a tradicional produção de sabão caseiro. Entretanto, diversos produtos comerciais levam a soda na composição, podendo causar lesões semelhantes. Os produtos "cáusticos" são básicos (pH alto), mas há produtos ácidos (pH baixo) que ao serem ingeridos causam queimaduras químicas graves muito semelhantes. Um exemplo é o ácido fluorídrico presente em polidores de metais e vidros,
 
A maioria dos acidentes desse tipo ocorre em casa (ou na casa de parentes e cuidadores) pela ingestão de produtos deixados ao alcance das crianças principalmente nos primeiros anos de vida, quando a curiosidade está exacerbada. Apesar de saberem que esses produtos são nocivos, a maioria das mães não costuma ter idéia da gravidade das lesões ocasionadas e nem das consequências delas a longo prazo.

Quais as consequências?
 
Os primeiros sintomas são dor intensa e edema (inchaço) em boca e garganta, dor no meio do tórax e no estômago, dificuldade para falar, falta de ar e vômitos. Eles podem ter início em alguns minutos ou mesmo após mais de uma hora do acidente.
 
Após uma ingestão grave, nos primeiros 3 a 4 dias o esôfago passa por um processo inflamatório intenso e sofre uma série de complicações, que incluem um rápido processo de necrose e infiltração bacteriana (infecção). Nessa fase podem ocorrer as complicações agudas. A ausência delas, no entanto, infelizmente não significa que a criança está livre de complicações nas semanas seguintes.
A partir do 4o dia e durante primeiras três semanas após a lesão, a mucosa do esôfago descama e o órgão torna-se frágil, com maior risco de perfuração até o 15o dia.
Após a terceira semana, podendo prolongar-se por anos, fase de cicatrização, com estenoses (fechamento) do esôfago, dificuldades de deglutição, tração do estômago para o tórax e câncer esofágico.
 
Nos casos graves, com perfuração e/ou estenose de esôfago, é comum que o paciente necessite de sondas para alimentação e também da realização de gastrostomia, quando um buraquinho é feito na pele para alimentar a criança por uma sonda que vai direto para o estômago. Pode ser necessário substituir o esôfago. A criança nessa condição pode demorar muito tempo para voltar a ingerir alimentos sólidos, e será submetida a diversos procedimentos e internações.
 
A figura abaixo traz uma radiografia contrastada de um esôfago que sofreu estenose. Observe o lado direito: o terço superior é o esôfago em seu calibre normal e os dois terços inferiores o órgão estenosado (fechado) pelo processo de cicatrização de uma queimadura cáustica.

 
 
Esse paciente não conseguirá comer alimentos sólidos, mesmo um pedaço de fruta, pois o trajeto do esôfago ficou estreito demais. Às vezes, se o órgão puder ser preservado, são necessárias diversas sessões de dilatação para permitir uma dieta um pouco mais próxima da normal.
Como prevenir?
Selecionei algumas dicas sobre como evitar esse tipo de acidente.

Ah... Claro que isso nuuuunca vai acontecer com a gente, né?! Mas não custa criar alguns hábitos de prevenção:

 
  1. Deixe os produtos de limpeza em armários trancados, de preferência elevados e longe do alcance de crianças. Não subestime a capacidade delas de subir em banquinhos, escadas e escalar prateleiras.
  2. Jamais armazene produtos tóxicos próximos a alimentos. Seu filho ainda não sabe diferenciar um do outro!
  3. Se possível,não tenha em casa produtos como soda cáustica, ácidos e pesticidas. Esse é, sem dúvida, o meio mais seguro de prevenção.
  4. Nunca reaproveite frascos de bebidas e alimentos ou embalagens coloridas e atraentes para armazenar produtos tóxicos. Muitos acidentes são causados porque o produto tóxico estava fora da embalagem original e numa embalagem familiar à vítima, como garrafas ou latas de refrigerantes.
  5. Solicite que todos os parentes, vizinhos e amigos com quem você eventualmente deixa seu filho tomem as mesmas providências. Confira pessoalmente. A ingestão pode ocorrer na casa de um cuidador. De nada adianta nossa casa estar toda preparada se a criança estiver passando o final de semana na casa dos avós.
  6. NÃO IGNORE A POSSIBILIDADE DE ISSO ACONTECER COM VOCÊ. Esse é o maior erro por trás da maioria dos acidentes.

Essa figura, bem rodadinha no Facebook, ilustra muito bem os perigos da curiosidade infantil:
 
 
Mas e se acontecer?
Nunca vai acontecer com a gente, certo?! Mas é sempre bom saber pra não fazer errado...
  1. Remover resíduos sólidos (cal, soda) se ainda estiverem presentes. O contato desses resíduos com água pode agravar as queimaduras)
  2. Lavar o local atingido com água corrente. Pelo menos 15 minutos.
  3. Procurar serviço médico imediatamente. Lembre-se que mesmo que os sintomas no início pareçam leves, pode haver consequências a médio e longo prazo.
  4. NÃO PROVOCAR VÔMITOS: Ao contrário do que muita gente pensa, se provocamos vômito a substância nociva passa mais uma vez pelo esôfago, aumentando a gravidade da queimadura.
  5. Manter a criança em jejum
Quais os produtos perigosos?

Seguem alguns exemplos de produtos cáusticos domésticos, alguns de uso bem frequente:

Tinturas para cabelo com oxidantes:

 
Cremes depilatórios:
 
 
 
Removedores de ferrugem:

 

Produtos para limpeza de forno e fogão:

 
Desentupidor de esgotos, pias e ralos:

 
 Polidores de metais:

 
Limpa vidros:
 

Alvejantes e descolorantes:


Amaciantes para roupas:


Detergentes (líquidos ou em pó):


Cal: